Filmes e Séries

Sweet Tooth (Netflix) | Crítica

Chegou de mansinho na Netflix mais uma adaptação dos quadrinhos. Publicado entre 2009 e 2013 pela DC Vertigo, Sweet Tooth narra a história de um mundo pós-apocalíptico onde as crianças nascem como híbridos, sendo parte humana e parte animal, tal como o protagonista, um simpático menino-cervo.

Uma série leve, de 8 episódios em sua primeira temporada seguindo o padrão streaming que tanto amamos, tem uma narrativa que agrada a todos, desde os saudosistas do quadrinho até aqueles que passaram a conhecer o universo de Sweet Tooth agora, como foi o meu caso. Traz o drama que a ambientação pede, mas também o tom aventuresco e gracioso de uma história pré-adolescente.

De bate e pronto confesso que fiquei um pouco receoso do que eu acharia da série. Sou fascinado por adaptações de quadrinhos, pois me possibilita conhecer ainda mais o universo após a TV ou o cinema me apresentarem um novo mundo. Mas nas primeiras imagens e trailers, eu esperava uma série muito infantil, do nível que não atingiria um ápice de tensão, e se renderia apenas a momentos fofinhos aqui e ali. Bem, eu estava errado.

Maratonei a série em um único domingo, mas recomendo que você veja de forma gradativa, e de preferência com sua família, se tiver filhos, sobrinhos, netos, enfim. A família toda vai se divertir, seja com um núcleo da série ou outro, tenho certeza que a 1ª temporada vai te deixar satisfeito, seja qual público você for, assim como me deixou. É nítida a quebra de clima da série conforme os episódios passam, passando do desconhecido mundo que Sweet Tooth se passa, até entendermos o que está rolando do lado de lá da floresta.

O simpático garotinho Christian Convery rouba a cena no papel do protagonista, seja pela sua força representada no decorrer da trama, que vamos conhecendo o novo mundo junto com ele. Mas além do menino-cervo, eu preciso destacar o papel de Nonso Anozie. O grandalhão no papel de Tommy parece que vai ser uma grande ameaça ao menino na sua primeira aparição, mas depois se mostra um ser de enorme coração que vai ajudar o garoto a desbravar o mundo por aí.

A série tem potencial para seguir bem por 3 temporadas no máximo ao meu ver. Infelizmente histórias com esse pano de fundo podem se desgastar facilmente, e querendo ou não, a primeira temporada já nos mostrou muito do que podemos ver mais a fundo no segundo ano da série, se bem contado. As expectativas são altas, e a Netflix mostra mais uma vez que acertou ao trazer adaptações de quadrinhos para seu catálogo, tal qual fez em outras oportunidades e rendeu sucesso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *