Filmes e Séries

Crítica | Liga da Justiça

Depois de muita espera e ansiedade, a Liga da Justiça foi formada nos cinemas! Junto com ela veio a esperança na sua forma mais pura e otimista.

Depois da morte do Superman em Batman Vs Superman, a humanidade se vê sem esperanças. O mundo vive em luto pela perda do seu maior protetor e salvador e a cena de abertura do filme mostra como isso foi realmente levado de forma profunda pelas pessoas. Bruce Wayne continua investigando uma ameaça que está a caminho, enquanto Diana Prince age, secretamente, protegendo as pessoas com seu alterego Mulher Maravilha. Tudo muda quando o Lobo da Estepe surge, depois de milênios, para tomar de volta 3 Caixas Maternas, artefatos superpoderosos que juntos formam uma Unidade, uma espécie de poder supremo que converte a terra e os seres humanos em coisas terríveis. Nesse momento Bruce e Diana resolvem juntar outros Meta Humanos e formar um time para combater a invasão do Lobo da Estepe e seus parademônios.

Os personagens que são introduzidos nesse filme tem sua história contada de maneira bem rápida, simples e direta! Você entende as suas motivações, e consegue se identificar com eles, eles são poderosos como Deuses, mas são humanos o bastante pra sentir insegurança, solidão e medo. Barry Allen (Ezra Miller) é um garoto que vive em torno de tirar seu pai da prisão, provando a sua inocência. Arthur Curry (Jason Momoa) é meio filho de Atlântida, e meio filho da terra, porém não se encaixa em nenhum dos dois mundos. Victor Stone (Ray Fischer) é um frustado ex-jogador de futebol americano, com um Q.I acima da média e que, devido a um acidente, perdeu 70% do corpo e precisa lidar com a idéia de que é uma aberração tecnológica.

Todos esses aspectos são introduzidos de forma leve e sutil, sem aquele peso sombrio que vimos no filme anterior. Os questionamentos continuam lá, mas não são feitos a mãos de ferro. A fotografia do filme é linda, tem a assinatura de Snyder, e é legal notar que mesmo após o seu afastamento, o Whedon, que regravou 20% do filmemanteve a visão de Zack ativa em todo o filme.

A trilha sonora do Danny Elfman é legal, e trás toques nostálgicos pros fãs mais atenciosos (O tema do Batman de 1989, do próprio Elfman é um exemplo). Infelizmente, a trilha não é marcante como a do Hans Zimmer, senti falta de mais sentimento em cenas chave. Esperava muito mais se tratando da trileões da terra.

O ponto menos acertivo do filme foi o vilão. Lobo da Estepe rendeu boas brigas, mas a sua introdução e o seu desfecho foram rasos demais. Acredito que o público não consumidor de quadrinhos possa ficar com algumas perguntas na cabeça, como a sua origem, pra onde ele vai quando se teletransporta, e de onde vieram as caixas maternas. Há até uma menção aos Novos Deuses, mas é coisa bem rápida mesmo. Outro problema foi o CGI do vilão. Todos os efeitos do filme são excelentes, mas o vilão ficou artificial demais, mesmo pra um ser alienígena.

Já o ponto mais alto do filme foi o Superman. Eu como fã do azulão saí sorrindo do cinema! Ele simplesmente rouba a cena em todas as suas aparições, trazendo o Superman que nós queremos ver nas telonas desde 1978. Ele sorri, brinca com seus amigos e faz aquilo que sempre fez de melhor: Trazer esperança para todos!

O filme tem o tamanho certo para alcançar todas as pessoas e mesmo os fãs mas assíduos, não vão sair insatisfeitos do cinema. É notável que houveram cenas cortadas, principalmente se analisarmos os trailers e notícias do filme. Mas não é nada que transforme a sua experiência de maneira desagradável. O filme é simples, coeso, divertido e acima de tudo tem uma excelente química entre os personagens.

A Liga da Justiça que a gente sempre quis ver está lá, como se fosse um grande episódio especial da série animada. E ver nossos heróis favoritos no cinema, e em uma grande aventura, vale muito!

Obs.: O Filme tem 2 cenas pós créditos, e ambas arrancam arrepios dos fãs!

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