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Homem-Aranha – De Volta ao Lar | Crítica – Ele voltou! Sim, o cabeça de teia voltou pra casa e em grande estilo.

Quando saiu a notícia do acordo da Marvel com Sony sobre a divisão de direitos do aranha entre os 2 estúdios, o que mais se falava (público, crítica e executivos) é que não precisa mais falar da origem do teioso. Afinal, ninguém aguentava mais a velha história do Tio Ben e sobre como com grandes poderes… blá blá blá. Olha, não queria ser estraga prazeres, mas sim, o filme é sobre a origem do Homem-Aranha! (TAN TAN TAN) Mas relaxe, ele não é sobre picadas da aranhas e sim sobre como um garoto imaturo do Queens, com deveres, frustrações e dilemas adolescentes, aprende a lidar com poderes e responsabilidades.

Os minutos iniciais começam com a construção do vilão Abutre e a apresentação de suas motivações, que de forma clara, tiram um pouco do tom vilanesco do personagem. Aliás, este é um ponto extremamente positivo e o peso do vilão na trama é muito certeiro. Abutre, brilhantemente interpretado por Michael Keaton, não quer dominar o mundo ou algo do tipo. Ele tem seu negócio e isso basta, ele tem o tamanho que a história precisa, o que Peter Parker precisa.

E por falar em Peter Parker, saibam que este filme é sobre ele, sobre suas escolhas, e Tom Holland entregou o melhor Peter já visto no cinema. Azarado, atrapalhado, nerd, tímido, mas que quando coloca aquela roupa vermelha e azul se transforma. Aliás, ele vai amadurecendo durante o filme, no gestual, na expressão, de pentelhar o Happy por alguma missão até chegar em uma densa cena de enfrentamento com o vilão, quando ele percebe onde se meteu e o tamanho real do problema.

O filme é muito divertido, como um filme do aranha sempre deveria ter sido, tem drama na pitada certa, muitas referências a clássicos dos anos 80 (como Te Pego lá fora, Clube dos cinco, Curtindo a vida adoidado…), tem uma bela trilha sonora, uma cinematografia muito bem dirigida por John Watt e um roteiro no tom certo para o personagem.

As cenas de ação são OK, e talvez seja o ponto fraco do filme. Não temos sequências tão marcantes como a do metrô, no segundo filme da trilogia de Sam Raimi, porém não atrapalham a experiência e o desenvolvimento da história. Digo mais, fica claro nestas cenas que o Homem-Aranha está aprendendo a usar seus poderes e a se portar como um herói, seja lutando, interagindo ou tentando intimidar os vilões. Piadas não faltam (e nem poderiam faltar, né?), mas ele ainda não entende seus poderes completamente.

Dos personagens secundários, fica uma grata surpresa para o Ned, que fez o nerd do computador perfeito (kkk), a Michele, que apesar de pontual, sempre tem uma sacadinha na manga, Tia (QUERO) May muito bem interpretada e esta versão MILF se encaixou como uma luva. A dupla Happy e Tony Stark, que diferentemente do que apontavam os trailers teve uma curta e certeira participação. O ponto negativo fica pra Liz que achei muita apagada no desenrolar da trama, apesar do bom tempo de tela.

Não se enganem, apesar de mostrar bastante, os trailers não entregam um grande ponto que faz muita diferença, o grande plot Twist do filme. A montagem engana bastante e tem muita cena que foi feita só pro trailer.

Finalizando, e sem entrar em spoilers (ufaaa), queria parabenizar a Sony e a Marvel por este retorno do teioso. Foi feito com carinho, respeitando as HQs, os leitores, as histórias e, principalmente, respeitando ao Homem-Aranha. Foi um filme em que o personagem cresceu e foi aos poucos se tornando o herói que todo mundo ama, o amigão da vizinhança. Tom entregou o que todo fã sonhava, seja da animação, HQ ou dos filmes anteriores, e tudo só tem a melhorar. Não tem como não sorrir ao ver o cabeça de teia dando uma informação, comendo um churros ou salvando o dia. Ele voltou! Sim, o nosso cabeça de teia voltou para o lugar que nunca deveria ter saído: nossos corações. É que venha muito mais dele pela frente.

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