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Umbrella Academy — 2ª Temporada | O que o futuro reserva?

Após uma 1ª temporada de sucesso absoluto no início de 2019, Umbrella Academy teve o lançamento da sua tão esperada 2ª temporada pouco mais de 1 ano depois. A qualidade se manteve, mesmo que trabalhada de maneira diferente, mas agradou gregos e troianos.

Dallas – Anos 80

Mantendo a mesma linha de adaptação dos quadrinhos de Gerard Way e Gabriel Bá, a 2ª temporada adapta o volume 2 da graphic: Dallas. O nome é concedido justamente pela ambientação da trama, mas o que não sabíamos era em que ano o Cinco tinha ido parar após o apocalipse motivado por Vanya ao final do 1º ano da série.

Logo na primeira cena da temporada já vem o baque que um novo apocalipse foi causado pelos irmãos, mas desta vez nos anos 80, motivado pela morte do presidente Kennedy e num evento impulsionado pelo governo soviético! A porradaria já estava garantida, assim como a explosão de cabeças a cada cena.

Após o evento apocalíptico pelo fim da temporada, todos personagens sobreviveram mas cada um lançado num momento dos anos 80, o que motivou uma nova vida a todos eles, independente da Umbrella Academy. Esse fator é fundamental para eu destacar essa temporada como em certos momentos até superior ao impecável primeiro ano. Se já conhecíamos os irmãos como movidos a traumas do passado que refletiam na sua interação social, agora eles têm de mais ainda desenvolver suas habilidades em cada um dos nichos familiares que se encontram.

A adaptação dos personagens

A problemática da vez é entender o que motivou o apocalipse nos anos 80 e resolver a falha temporal, podendo assim voltar a 2019, o ano original de todos eles. Não seria surpresa para ninguém que o cabeça da operação seria o espetacular Cinco, mas para isso muitos problemas acabam aparecendo. Diego conhece uma garota que o leva para aventuras um tanto quanto arriscadas, Vanya passa a ser babá de uma criança autista numa família que conta com um pai brucutu e machista, Klaus vive uma jornada hippie e se torna um líder de uma seita religiosa.

Dentre tantas aventuras e adaptações que os irmãos têm de viver, destaco aqui a vida de Allison nos anos 80. Envolvida num grupo que promove movimentos anti-racistas, a personagem é responsável por protagonizar uma das cenas mais tocantes e pesadas da temporada, e merece ser reverenciada pelo destaque teve nessa temporada, extremamente merecido.

O lado técnico da coisa

A série mantém a pegada aventuresca de antes, mas para por muitos momentos com o intuito focar em problemas da sociedade da época, e que infelizmente se refletem até hoje como o preconceito, racismo e a religiosidade exacerbada. A continuidade foi mantida de forma impecável, assim como o desenrolar do roteiro ao decorrer da temporada, que tem leves momentos de tropeço, mas que não chegam a impactar a experiência.

Se você assistiu a primeira temporada de Umbrella Academy, há de crer comigo que trilha sonora é um show a parte. Não sei se por “apenas” ter Gerard Way como parte do processo produtivo pode ter influenciado em construído algo tão bom, mas a forma como a série combina ação da cena com música é algo que eu nunca vi igual. De KISS a Backstreet Boys, a segunda temporada excede expectativas mais uma vez na entrega da trilha.

O que esperar do futuro?

A temporada terminou da mesma forma que a primeira: um gostinho de quero mais. Sem dar spoilers, podemos já esperar uma nova adaptação da HQ a partir da terceira temporada, ainda sem data pela Netflix. O que podemos esperar é que a Netflix mantenha a qualidade de Umbrella Academy, um tiro que desde o início acertou em cheio o seu público.

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