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The Walking Dead | Review | S09E11 – Bounty

Toda temporada temos aquele episódio meio aleatório. Aquele episódio com direção diferenciada, quase sempre por um diretor novo na série. Este é o caso de Bounty, o S09E11, em The Walking Dead.

Apesar de alguns problemas com a montagem do episódio, no que se diz respeito a misturar os dois núcleos, a direção toda desse último capítulo foi no mínimo inusitada. No comando das câmeras tivemos Meera Menon, uma jovem diretora que vem chamando atenção das grandes produtoras nos últimos dois anos. Ela trabalhou em episódios de Glow, Blood Drive, Justiceiro e, sua direção que mais gosto, o episódio Togheter, de Titans, onde finalmente vemos os 4 heróis da DC em ação, contra a Família Nuclear.

O seu estilo é muito interessante. A cena galhofa da música, onde eles chamam atenção dos morto-vivos com o toca fitas, é incrivelmente divertida. O traveling pelos personagens, o Jeff cantando, balançando a cabeça e olhando para o horizonte, sendo observado por Carol, com cara de WTF? Foi hilário. A morte dos zumbis, no cinema, com aquela trilha sonora anos 90 e em slow motion, foi plasticamente linda. Foi como se o Mercenários invadissem The Walking Dead.

Não só neste núcleo, em Hilltop tivemos a cena da fuga de Connie no milharal. Que fotografia incrível e angustiante. Câmera na mão perseguindo a personagem e a edição de som muda, já que Connie é surda, e escutamos apenas a sua respiração e a batida de seu coração. Foi incrivelmente bem feita. Ela com o bebê na mão e tendo que se defender dos zumbis e Sussurradores.

Por falar na cena do bebê, o que foi a crueldade de Alpha? Caracas. Ela não chegou brincando. Em poucos minutos de tela já podemos sentir seu nível de maldade. O seu jeito de conduzir o seu grupo e como eles a obedecem cegamente. Ela ia deixar a criança morrer cruelmente. O olhar da atriz é aterrorizante. Temos a nossa nova vilã.

A cena de sua negociação com Daryl lembrou bastante o encontro do Governador x Rick, na 4a temporada, com enquadramentos bem parecidos. Engraçado que o questionamento de Alpha é o mesmo que temos, afinal, quem é o líder? Daryl? Tara? Daryl toma a frente e negocia, colocando o pau na mesa, mas recua ao ver a cena do bebê e na sequência Audren e Luke.Tara que assumiu por osmose a liderança de Jesus, ainda não parece estar segura. Jesus por acaso, morreu no episódio 8 e reapareceu (em um flashback) 3 episódios depois. Coincidência?

O fato é que em meio a negociação com os sussurradores, Henry volta a fazer as velhas cagadas de sempre. Caramba, esse moleque não dá uma dentro. Ele está superando o Padre, em seus momentos mais burros. Ao querer proteger Lydia ele quase f**** com tudo, mas rendeu um momento legal, no qual Enid revela o que Carl escreveu pra ela, em sua carta. Sobreviver não é viver.

Exatamente esse é o tema do outro núcleo. A missão do Reino era buscar uma lâmpada de projetor e assim reviver o cinema da comunidade. Eles não querem apenas lutar contra Zumbis, eles querem ter o direito de ter uma vida melhor, eles querem ter esperança. O desenvolvimento de Ezequiel, Carol e Jeff, mostra que eles querem uma vida melhor para seus filhos. Uma recompensa. O problema dessa atenção a estes personagens é aquele velho medo, que quando The Walking Dead foca em alguém, essa pessoa morre. Triste, mas as estacas estão chegando. Se você leu os quadrinhos, você entendeu.

O fato é que Alpha conseguiu sua filha de volta, mas o conflito não chegou ao fim. Henry não aguentou apenas uma cagada no episódio e foi atrás de Lydia. E por consequência a inusitada dupla Daryl e Connie partiram para seu resgate (de novo os grupos de buscas). Vai ser interessante acompanhar os próximos acontecimentos.

Por mais que tenha me incomodado a diferença de tons entre os 2 núcleos, gostei bastante do episódio, que pode não ser dos melhores, mas apresentou Alpha de uma maneira bem interessante e deu uma amostra do que há por vir. A trama pouco avançou mas deu background interessante pra todos os personagens. Vem mais que tá pouco.

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