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Review | The Alienist

No Século 19, acreditava-se que pessoas que sofriam de doenças mentais estavam alienadas de sua verdadeira natureza. Especialistas que as estudavam eram conhecidos como alienistas.

Essa descrição simpática aparece no começo de cada episódio, com o intuito de situar a época e tema da série.

The Alienist é um thriller psicológico criado por Hossein Amini com base no livro de Caleb Carr que foi publicado em 1994. Nessa história, que se passa no fim do Séc. XIX na era de ouro de New York, corpos começam a ser encontrados pela cidade. Os cadáveres são sempre de meninos usando vestidos brancos, os corpos estão sempre sem as orbitas oculares, com as entranhas expostas e as partes pudicas decepadas.

A brutalidade desses crimes chama a atenção do Dr. Laszlo Kreizler (Daniel Bruhl), um alienista renomado que conta a ajuda de seu melhor amigo e ilustrador do New York Times, John Moore (Luke Evans). Para ter acesso irrestrito aos arquivos do governo e cenas dos crimes eles têm a permissão do Comissionário da polícia na cidade, Theodore Roosevelt (Brian Geraghty), para investigar os crimes e para ajuda-los em sua missão, Roosevelt disponibiliza sua assistente Sara Howard (Dakota Fanning), primeira mulher a trabalhar no departamento de polícia de NY. A equipe conta ainda com os irmãos gêmeos Marcus Isaacson (Douglas Smith) e Lucius Isaacson (Matthew Shear) que seriam os detetives forenses da época.

Ao iniciarem as investigações, a equipe acaba por esbarrar em um sistema policial totalmente falho e corrupto que é controlado pela alta sociedade. Assim, começam a surgir inimizades e atritos entre as partes.

Ao longo da série vamos conhecendo as particularidades de cada um dos personagens principais, bem como o desenvolvimento das relações entre eles. E por fim o que os levou a iniciar essa busca pelo serial killer.

Somos constantemente levados a pensar na condição humana e nos extremismos aos quais podemos chegar quando a situação é propicia – ou não. Temas como violência doméstica, abusos sexuais e verbais, machismo e imposições da sociedade estão presentes em todos os episódios.

Com um elenco de peso, cenário e figurinos impecáveis, trilha sonora escolhida a dedo e com a direção dividida entre Cary Fukunaga, Jakob Verbruggen, James Hawes, Paco Cabezas e David Petrarca, eu diria que a série está entre os melhores thrillers psicológicos que vi ultimamente.

A temporada tem um ciclo fechado, com uma boa conclusão sobre cada personagem. O livro no qual a série foi baseada tem continuação, mas se a serie terá uma nova temporada ainda não foi divulgado.

Você pode conferir todos os episódios da série na Netflix.

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