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Krypton – 1ª Temporada | Uma grata surpresa | Crítica

Quando anunciaram Krypton, ela seria um prequel para o filme Homem de Aço, um projeto feito para expandir o DCEU. Com a assinatura de David S. Goyer na produção, e como co-roteirista, as minhas esperanças na série eram altas. O problema veio quando resolveram desconectar a série do universo DC, e fazer uma história isolada, contando sobre a história de Seg-El, avô do Superman.

Krypton

Qual o motivo pelo qual as pessoas se importariam em ver uma história sobre o passado de Krypton? Bem, o livro Os Últimos Dias de Krypton, de Kevin J. Anderson, consegue montar uma narrativa legal, contando detalhes de como Jor-El conheceu Lara, e todo o contexto cientifico e político que condenou Krypton ao cataclisma. Conforme o review do episódio piloto, que você pode ler aqui. A série faz uma coisa inusitada, colocando Adam Strange para viajar ao passado, com a missão de impedir que alterem a linha do tempo, e consequentemente eliminem o maior herói do universo, da linha do tempo-espaço. O problema é que Adam Strange não é lá um grande herói, e a série consegue colocar seus dilemas morais em cheque a todo tempo.

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Seg-El, o avô de Kal-El tem um temperamento explosivo, mas seus princípios heroicos já estão na família. Os personagens secundários como Lyta-Zod, Daron-Vex e Nyssa-Vex são bons o suficiente para manter a trama, e a devoção a Rao é bem explicada com aquela imagem messiânica bizarra de múltiplas faces. Durante a temporada personagens como Jax-Ur são citados, mas a versão apresentada ainda não é do vilão que conhecemos. Temos outro personagem vindo do futuro, mas é melhor guardar os spoilers da trama para que vocês possam se surpreender.

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Os efeitos especiais são excelentes, e mesmo com o bom trabalho realizado em Flash e Supergirl, os efeitos da série do Syfy são bem mais altos. A fotografia é bela, e tem uns toques da Krypton de Zack Snyder, tanto pela composição dos elementos, quanto pelo tom azul/cinza. A trilha sonora é boa e bem presente, contendo tons que remetem ao icônico tema de John Williams, e as percussões de Hans Zimmer. Infelizmente o trabalho nos diálogos é bem simplório, então não espere muita complexidade. O roteiro deixa as coisas com um ar bem adolescente, mas consegue empolgar quando usa referências a mitologias já estabelecidas como a casa de Zod, e a casa dos El. A série consegue carregar a síntese de que um Zod não se ajoelha sob ninguém, e que as pessoas que devem se curvar perante um Zod, da mesma maneira que os El carregam a esperança, e que Superman é um guia para o mundo, e é o maior super herói do universo.

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Com apenas 10 episódios, a série consegue se sustentar e tem muitas coisas interessantes na sua concepção, a baixa quantidade de episódios ajuda a esconder os defeitos do roteiro, levando seus personagens aos seus devidos objetivos sem muito rodeio. Com acertos técnicos, Krypton é realmente uma grata surpresa, e consegue ser uma boa adição a mitologia do azulão. Espero que a segunda temporada mantenha o bom ritmo, e que venha o APOCALIPSE.

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