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Justiceiro – 2ª Temporada | Crítica

Frank Castle, nosso Justiceiro, sai de Nova Iorque no fim da primeira temporada, e segue em movimento pelas estradas do país atrás de paz. Em uma parada por um bar do interior, nosso cão de guerra se envolve em uma guerra que ele não precisava, e acaba resgatando uma garota astuta e escorregadia que adora se meter em encrencas e é a responsável por toda a confusão no bar que acabou em uma chacina protagonizada por Frank.

Esse é o ponto de partida da segunda temporada, que mantem o ritmo um pouco mais acelerado em comparação a temporada anterior, mas, ainda com aquela típica barriga das séries da parceria Marvel – Netflix. Veja bem, eu gosto bastante do personagem, acho que John Bernthal é o homem perfeito para viver o Justiceiro, entretanto, as tramas de Madani, Curtis, e até a construção de Billy Russo e a psiquiatra, servem como um longo respiro que não faz sentido algum no fim da temporada. Os atores são ótimos, a direção é excelente, principalmente nas cenas de ação, mas o roteiro parece querer criar uma trama complexa e política, pra no fim das contas dar uma solução simples demais pros problemas. Não era mais fácil manter a linearidade e entregar um material mais justo pros expectadores?! Tenho que admitir, John é um puta vilão, apesar de ser bem diferente dos quadrinhos, eu sinceramente gostei mais da sua versão adaptada para a série.

No ponto de vista técnico, essa temporada mantém o padrão anterior, boa direção, fotografia interessante, atuações de alta qualidade, com destaque pro Billy Russo, que faz um trabalho excelente de atuação nas mais diversas camadas, apesar do roteiro não ajudar, e sua caracterização ser bem fraquinha. Os caras fazem ele usar uma mascara no hospital por causa dos cortes no rosto, e quando você vai ver, ele tá mais bonito que alguns editores do Dinastia! Não faz sentido!
A trilha sonora é boa, e mantém no nível da primeira temporada.

Com o eminente cancelamento da série, os fãs podem descansar em paz, a série conclui suas pontas soltas, e trás um fim digno para o Justiceiro. Se temos uma derrapada no ritmo inconstante, ao menos temos uma das melhores caracterizações do personagem, e uma cena final digna de uma splash page dos quadrinhos. Uma pena não vermos todo o potencial do personagem explorado, como vimos em Demolidor, que realmente ficou com o posto de melhor série da Marvel na Netflix.

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