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Diário de Horrores (Netflix) | Crítica

Sabem aquela típica série aleatória que aparece nos destaques da Netflix e você resolve dar uma chance? Foi assim com Diário de Horrores. Não sabia bem o que esperar, apenas que seria uma temática de terror adolescente. Me veio a mente Scream, mas não tem nada a ver com isso..

Série original do CBBC, segmento infantil da BBC, Creeped Out (traduzida pela Netflix como Diário de Horrores) é uma Black Mirror teen. Pensem na mesma estrutura que Black Mirror, com episódios soltos, personagens e situações totalmente diferentes, mas que tem por objetivo destacar uma moral revelada ao decorrer do episódio.

Com 13 episódios de 20 minutos cada, sendo o último um episódio duplo, é uma série bem light e que se a proposta era realmente trazer temas polêmicos para crianças e jovens de forma leve, consegue cumprir em boa parte, mesmo tendo episódios que sigo tentando entender qual foi a moral proposta.

Todo episódio começa e termina com O Curioso, criatura misteriosa que usa uma máscara, e de acordo com a narrativa, quando se houve seu assobio é porque algo assombroso estar por vir. Ter ou não ter O Curioso não afeta em nada a série, sendo apenas um apelativo para chamar a atenção do público para a trama que está por vir no episódio, ou trazer aquele ar de terror e suspense, que pouco é mostrado no decorrer dos episódios.

Destaco bons episódios como Trolled, voltado para os sabichões da internet que são covardes na vida real, e Kindlesticks, sobre os amigos imaginários que construímos na infância.

Sob aspectos técnicos, a série apresenta uma fotografia bonita e bem desenvolvida, trazendo alguns ângulos de câmera interessantes para imersão na trama. A maquiagem também é um ponto a se destacar em alguns episódios, principalmente no episódio do troll da internet, e da criança vinda do espaço. No mais, o roteiro dos episódios é construído de forma linear e simplista, fazendo jus ao público alvo.

Não vai ser a melhor série da sua vida, mas é legalzinha de assistir para passar o tempo e ver como os produtores abordam diversos assuntos polêmicos para jovens e crianças como bullying, preconceito e racismo. Vale a conferida principalmente se o espectador tiver entre 8 e 12 anos.

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