Filmes e Séries

Carmen Sandiego (Netflix) | Crítica

Se você tem uma idade próxima a minha também jogou muito Where in the World is Carmen Sandiego? no seu Windows 95/98.

No jogo, lançado nos anos 80, nos tornávamos detetives que tinham como objetivo juntar pistas ao redor do mundo para solucionar um caso. Durante essa procura, aprendíamos aspectos de geografia e as características de vários países.

Em 1995, a ladra mais famosa do mundo ganhou sua série animada. Em Where on Earth is Carmen Sandiego? (FOX), somos apresentados pela primeira vez a Ivy e Zack, dois jovens detetives que ficavam viajando pelo espaço e tempo em busca de Carmen.

A animação da Netflix usa os aspectos que já conhecemos de uma nova forma, sem perder sua essência. Em Carmen Sandiego conhecemos a história de origem da personagem, que foi encontrada em Buenos Aires por um dos professores da escola de vilões V.I.L.E. e cresce em meio ao treinamento de roubos. 

Apesar dos dois primeiros episódios serem um pouco mais lentos e terem uma série de flashbacks que servem para uma base, a história se torna mais e mais interessante ao longo da temporada. O roteiro aguça a curiosidade do telespectador (assim como era feito no jogo) entregando pequenas pistas ao longo de cada episódio.

A Carmen da série, diferentemente da do jogo, rouba para devolver os itens ao público, museus etc. Além da nossa protagonista, outros personagens são acrescentados a trama. Ivy e Zack, agora, são seus parceiros de roubo, Carmem ainda tem Player, uma espécie de prodígio dos computadores. Já a ACME (que no jogo era a empresa de origem de Carmem) é uma empresa de investigação que tenta provar a existência da V.I.L.E.

É importante ressaltar que Carmen Sandiego é uma série pensada para um público propriamente infantil. Entretanto, isso não significa que o público saudoso não se divertirá com a nova versão. A série ainda preserva suas funções educativas e adequa cada uma delas nos episódios, sem torná-lo chato ou gratuito. Além disso, os episódios trazem sempre novas missões e desta forma não perde o ritmo, ganhando um gancho interessante.

O traço mais infantilizado não torna a animação inferior a original, pelo contrário, entrega um aspecto noir a modernidade dos diversos acessórios tecnológicos de Carmen (que funcionam perfeitamente em conjunto), e ainda assim consegue lembrar bastante o desenho dos anos 90.

Como fã, estou satisfeita com o projeto entregue pela Netflix, a série funciona perfeitamente como efeito nostálgico (eu queria ter um computador compatível com o jogo neste momento) e ainda desperta curiosidade na nova geração. O episódio final de Carmen Sandiego entrega a ponte necessária para a próxima temporada, além de um novo mistério a ser desvendado. Que venha a continuação!

“Vivemos em um mundo onde os vilões não se parecem com vilões. E os heróis não se parecem com heróis.”

One comment on “Carmen Sandiego (Netflix) | Crítica

  1. Eu tenho uma confusão de sentimentos com esses remakes e novas versões de desenhos que tem sido feitos ultimamente.
    Mas eu gostei do traço desse e fiquei curiosa pra assistir, acho que dá pra conhecer de boas uma nova versão da Carmem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *