Ontem, dia 07 de agosto, chegou em Blu-ray a mais nova animação da DC Comics, adaptando o arco em quadrinhos A Morte do Superman. Em 2008 já houve uma animação, que adaptava de maneira nada literal a chegada de Apocalipse na terra, e o sacrifício do Homem de Aço para detê-lo. Agora, temos uma adaptação muito mais semelhante aos quadrinhos, porém se situando no universo de animações da Warner Bros.
Além de todo esse conceito de adaptação de arcos, essa animação serve para expandir ainda mais o universo de animações que tem se construído desde Liga da Justiça – Guerra.Clark está tentando expandir a sua relação com a Lois, Barry Allen está prestes a se casar com a Iris, Bruce Wayne tenta fazer o trabalho de pai com Damian Wayne, e a Liga da Justiça já está estabelecida na terra.
Os primeiros minutos da animação já mostram como as pessoas contam com o Superman em Metropolis, que trabalha como o escoteiro que conhecemos, desde salvando gatos de árvores, à salvar membros da estação espacial em órbita na terra. A humanidade precisa do Superman, e enxergam ele como um ícone. É nesse contexto que a maldita besta destruidora batizada de Apocalipse cai na terra, e consegue derrotar a Liga da Justiça sem muito esforço. Até que o Superman resolve intervir, e o resto da história vocês já conhecem.
Nos quadrinhos, a Liga da Justiça vigente no momento era bem diferente do que o público mainstream conhece, e ao se passar no universo atual das animações, conseguimos trazer embates épicos como a tentativa do Lanterna Verde Hal Jordan, a batalha avassaladora da Mulher Maravilha contra o monstro, e uma dupla de combate formada pelo Caçador de Marte e o Batman, tudo para mostrar que somente o Superman poderia dar dentro com o Apocalipse.
A qualidade da animação é alta como todas as anteriores, mas a dinâmica utilizada nessa, principalmente durante a avassaladora batalha do Superman, mostra que os animadores beberam direto da fonte dos animes, ou daquela batalha final entre Superman e Zod em Homem de Aço. Muita porradaria rápida, vidros estilhaçando, prédios sendo demolidos, mas acima de tudo isso, a cada grande momento de batalha, havia um pequeno momento de salvação, mostrando o porquê do Superman ser tão diferenciado.
Assim como os quadrinhos de 1992, a animação foca no lado emocional, todo o aspecto do combate, a forma como o uniforme do Superman se rasga e mostra o herói vulnerável, a forma como a Lois Lane acompanha todo o combate, e mesmo as pessoas acompanhando a batalha pelas TVs e celulares, a animação consegue tocar no fundo do nosso coração e mostrar como dói perder alguém que acaba se fazendo próximo nas nossas vidas.
A trilha sonora da animação é excelente, bem orquestrada e tão emocional quanto precisava ser. Os traços que remetem aos Novos 52 podem incomodar um pouco, mas devido a agilidade e movimentação dos personagens, conseguiu passar quase despercebido após os primeiros minutos de exibição.
Essa animação mostra o potencial que o azulão tem nos cinemas, e me faz querer ainda mais um segundo filme solo com o querido Henry Cavill. Espero que isso aconteça algum dia. Agora é esperar o ano que vem para assistir a continuação da animação em O Reinado dos Supermen!
