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Penny Dreadful : City of Angels | Um novo tom para uma bela história

Quando anunciaram o spin-off de Penny Dreadful, fiquei extremamente empolgado, afinal a história protagonizada por Eva Green, está sem sombra de dúvidas entre as melhores de terror já trazidas para a TV. City of Angels tinha uma missão, e cumpriu em partes.

As primeiras informações da série que tive conhecimento foram através de sua “protagonista”, Natalie Dormer. Já reconhecida pelo seu trabalho em Game of Thrones, fiquei um tanto curioso para ver como seria sua atuação num papel de protagonismo, como o de vilã da série. Bom, pelo menos com relação a isso minhas expectativas não foram quebradas, e Natalie carrega a série nas costas por muito tempo durante os 10 episódios.

Spin-off de Penny Dreadful?

Se você está procurando algo como Penny Dreadful, saiba que o maior erro em minha opinião foi City of Angels ser trabalhada como um spin-off da série de 2014. É inegável que o público desde o anúncio de uma nova série do mesmo diretor e produtor, esperava ver uma protagonista no mesmo nível de Vanessa Ives, um tom de terror inspirado em personagens clássicos e uma trilha sonora inconfundível. Errrr, não é bem assim.

City of Angels já se mostrou desde o início ambientada num momento totalmente diferente da sua série original. Londres vitoriana contra Los Angeles em 1938, é de cara uma pegada totalmente diferente, o que não me incomodou de maneira alguma, afinal são duas épocas com potenciais para boas histórias seja por ambientação, momento histórico, fotografia, enfim. Tinha tudo para dar certo se o que fez Penny Dreadful realmente boa se mantivesse: o terror.

Faltou terror

Posso citar apenas um episódio dentre 10 em que de fato aconteceu uma situação que me fizesse acreditar que eu estava vendo uma série de terror, no mesmo tom que Vanessa Ives me fez sentir no passado. No mais, City of Angels funciona muito bem como um drama de época, construindo famílias dentro de um momento histórico conturbado, entre guerras raciais nas ruas e influência nazista na América. Isso de fato é algo louvável do roteiro que conseguiu construir através dos núcleos criados uma trama concisa, todas unidas pelas personagens de Natalie Dormer.

Se a série original tem uma das melhores cenas de possessão que já vi, City of Angels falta muito disso, tendo apenas um dos filhos de uma das personagens de Natalie Dormer como o mais próximo de demoníaco assustador que eu tenha visto na série.

Natalie Dormer

Aqui mais uma vez tenho que destacar a atuação de Natalie. Impecável do início ao fim, a atriz desempenha 4 ou 5 papéis durante a temporada, sendo todos eles diferentes um do outro, da ingênua secretária do prefeito, a imigrante alemã que é violentada pelo marido. É louvável o que Natalie Dormer fez na série e tem que ser reconhecido, apesar do roteiro lento e que peca pela falta de emoções.

Eu tinha a expectativa que fosse só 1 temporada para o spin-off, mas pelo visto a história vai continuar (bom, assim espero). Ao final dos 10 episódios, ficamos com uma expectativa que agora de fato o bicho vai pegar, mas será que a Showtime também quer que City of Angels vá para frente? É esperar para ver se teremos uma segunda temporada.

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