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O Escolhido – 2ª Temporada | Crítica

No último dia 6 de dezembro, tivemos o lançamento da segunda temporada de O Escolhido, produção nacional da Netflix, de Carolina Munhoz e Raphael Draccon. Se você ainda não sabe do que se trata, clique aqui para ler a crítica da 1ª temporada. Caso você já leu ou assistiu e conhece os mistérios de Aguazul, siga comigo nessa leitura sobre o poderoso e sagrado Escolhido. 

Nessa segunda temporada pudemos reencontrar todos os antigos personagens, cada um com sua nova trilha para seguir e com novos pensamentos em relação ao que passou nesse misterioso vilarejo do Pantanal. Nosso primeiro contato é com Enzo e Lucia. Ambos saíram de Aguazul ao final da última temporada, mas uma fatalidade ligada a médica força o seu retorno ao Pantanal.

Ao chegar lá, eles notam que o Escolhido começou a atender e curar gente de fora do vilarejo, o que antes era um sacrilégio por parte dele. Esse ato causou um desequilíbrio físico, mental e espiritual, tanto no sentimento do vilarejo como no próprio Escolhido. São novos tempos em Aguazul, e a dupla de médicos precisa se adaptar a isso para alcançar seu objetivo.

Com muitos sentimentos aflorados, um novo personagem nos é apresentado. A repórter Eva (Giselle Itié) quer descobrir a todo custo os segredos do Escolhido, e o que de fato faz com que Aguazul esteja fora do mapa do zika no Brasil. Ela os convence de que seria ótimo gravá-lo para o mundo ver que seus milagres são reais e não um mero charlatão. A repórter acaba indo fundo demais em suas buscas, a levando até um ponto que não dá mais para voltar atrás.

Além de toda influência externa agora mais presente do que nunca no vilarejo, o Escolhido é afetado emocionalmente por uma misteriosa presença que vem da mata. O Serpente é o mal que ninguém vê mas todos temem, sendo a grande virada da temporada e totalmente responsável por impactar a supremacia do todo poderoso Escolhido.

O roteiro da série ganha muitos mistérios na nova temporada, aumento a curiosidade de quem assiste a cada minuto. Dúvidas da primeira temporada são sanadas, mas muitas outras são criadas fazendo com que nossa expectativa só aumente pela próxima temporada (ouviu dona Netflix?)

Continuidade é um fator impecável entre as temporadas, afinal ambas foram gravadas em conjunto e separadas pelo serviço de streaming, afim de conquistar o público. Com o objetivo cumprido, a segunda temporada ganhou mais dinamismo e mistério, levando o misticismo de Aguazul e do Escolhido ao seu ápice.

Com relação a fotografia, prevalecem cenas escuras pela mata que geram pura tensão na galera, dignas de arrepiar até o couro cabeludo. Outro elemento forte presente é o uso de flashback, contrastando cenas em preto e branco nos momentos que conhecemos um pouco mais sobre o passado de Aguazul.

O Escolhido prova mais uma vez que a Netflix tem espaço para a produção nacional, trazendo uma série instigante que promete muito mais no seu futuro.

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