Literatura

Nunca Saia Sozinho | Resenha

Acaba de sair do forno mais um livro sensacional de Charlie Donlea, lançado pela Faro Editorial nesse ano de 2020. “Nunca Saia Sozinho” veio para dominar sua cabeça e fazer as engrenagens rodarem atrás dos culpados de mais um terrível assassinato. Nossa história começa em uma escola de elite onde aconteceu um massacre e um culpado foi preso. Pouco tempo depois, os sobreviventes começam a se suicidar quando se atiram na frente do trem. Será mesmo que a polícia sabe toda a verdade?

Em uma noite de verão de 2019, o detetive Henry Ott é chamado para analisar a cena de um crime que acabou de ocorrer na Escola Preparatória Westmont. Dois alunos foram brutalmente assassinados dentro de uma casa de dormitórios já abandonada, que antigamente era utilizada pelos professores residentes. Ao chegar no local o detetive se depara com um portão de ferro forjado e a chocante cena de um aluno empalado pelo crânio, quando entra na casa, encontra a segunda vítima, outro aluno. Após algumas provas encontradas, e depoimentos de alunos que estiveram na cena pouco depois dos assassinatos, um professor é acusado e condenado pelo crime, porém o mesmo acaba ficando incapacitado para o processo, pois ele voltou ao local para se jogar na frente de um trem. Ele sobrevive, mas acaba com sequelas graves e o testemunho nunca mais foi possível.

Entre sozinho, mas saia junto.

Passado um ano desse terrível incidente, um podcast intitulado “A Casa dos Suicídios” começa a fazer um sucesso enorme, utilizando os mistérios daquele crime. Ministrado por Mack Carter, um jornalista famoso da TV, o podcast começa a tratar dos mistérios envolvendo acusado do crime, que tentou suicídio, e de outras testemunhas que voltaram ao local do crime e também tiraram sua vida pulando na frente de um trem. Todas essas dúvidas levantadas e mistério em torno disso, acabam fazendo com que Mack entre no caminho das investigações de Ryder Hillier, que é uma outra jornalista especializada em casos criminais. Ryder descobre os códigos que os alunos de Westmont utilizam para sobreviver atrás dos muros daquele internato, uma lenda passada de ano em ano, que ocorre todo solstício de verão, que para quem recebe o convite a única regra é: “não deixe a vela apagar –  a menos que queira encontrar o Homem do Espelho.”

Se aceitar o convite, não ignore o aviso…

Flutuando entre o passado e o presente, conseguimos acompanhar a história e seus mistérios durante o assassinato e a sua investigação um ano depois, o que facilita a imersão na história central e no seu desenrolar. Junto a isso temos o retorno de três personagens super queridos dos livros “Uma mulher na escuridão” e “Não confie em Ninguém“, que com suas habilidades começam a auxiliar nas investigações desse caso que cada dia que passa ganha mais perguntas e mais culpados envolvidos nessa noite fatídica. 

Seguindo o padrão de qualidade dos livros de Charlie Donlea, “Nunca saia sozinho” também nos engana, nos entrega pistas, nos faz duvidar de personagens e voltar a acreditar neles, para que quando a gente já estiver desconfiando de todo mundo, ele nos descreve com maestria as revelações desse mistério todo. Nos prendendo do início ao fim, ele consegue fazer mais um thriller policial excelente, assim como as outras obras dele “Não confie em ninguém” e “Uma mulher na escuridão”. E aí meus caros, fica a pergunta que não quer calar: “Você aceitaria o convite?”

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