Literatura - Livros

Novembro, 9 | Resenha

Colleen Hoover é uma autora Best Seller no New York Times com mais de quinze obras publicadas, só tinha ouvido elogios sobre suas histórias e finalmente decidi ler algo da queridinha dos fãs de YA. 

Minha escolha para adentrar o universo de CoHo foi o livro Novembro, 9. Sim, trata-se de uma data e toda a história gira, basicamente, em torno dessa dela. 

Fallon é uma garota de dezenove anos que tem a metade esquerda de seu corpo coberta de cicatrizes, o fogo destruiu sua linda pele da testa até um pouco abaixo da cintura.  

O terrível acidente aconteceu a dois anos atrás, em 9 de novembro, e junto com sua aparência, o fogo destruiu sua carreira como atriz e seu relacionamento com o pai que até então era seu agente.  

Faço o que posso para evitar as pessoas na maior parte do tempo, e não porque tenha medo de que elas olhem minhas cicatrizes. Eu as evito porque elas não olham. No segundo em que me veem, logo viram o rosto, porque têm medo de demonstrar grosseria ou crítica.

Desde de então Fallon passou a trabalhar como dubladora de áudio livros e estava sempre se escondendo em camadas de roupas compridas e uma cortina de cabelos encobrindo o rosto. 

Mas sua vida está prestes a mudar, o colégio finalmente acabou e Fallon vai se mudar para Nova York, onde pretende estudar e talvez se tornar atriz de teatro… 

Em seu último dia em Los Angeles (novamente 9 de novembro), Fallon combina um almoço com o pai, na esperança de deixar tudo resolvido antes de sua partida, mas as coisas fogem do controle e tudo acaba tomando o pior caminho possível. É nesse momento que Ben aparece para resgata-la de situação tão constrangedora. 

Benton James Kessler também tem dezoito anos e está cursando literatura na universidade, seu plano é se tornar um escritor famoso. Após salvar Fallon de uma refeição desastrosa com o pai, os dois passam o dia (Adivinha? 9 de novembro) juntos e acabam se envolvendo de uma forma estranhamente romântica. Entretanto, Fallon deixa bem claro que ela não pode ter um namorado por dois motivos: 1) ela está indo para NY naquela noite; e 2) ela prometeu a mãe que não se apaixonaria antes de completar 23 anos. 

– Minha mãe diz que a maioria das pessoas tem a vida definida aos 23 anos, então quero ter certeza de que sei quem sou e o que quero da vida antes de me apaixonar. Porque é fácil se apaixonar, Ben. A parte difícil vem quando você quer cair fora.

Então o casal faz um pacto, dali em diante eles irão se encontrar todos os dias 9 de novembro até que tenham completado 23 anos, eles só poderão se encontrar nessa data especifica, nada de contatos trocados ou interação em redes sociais. 

Ben fica com a tarefa de fazer dessa experiência de 5 anos seu primeiro romance que venderá milhões de cópias e Fallon se compromete a ir em testes e fazer o possível para voltar ao estrelato. 

E assim a história vai se desenrolando, cada capitulo é contado pelo ponto de vista de um dos personagens principais e apenas durantes as 24h do dia 9 de novembro, todos os outros 365 dias do ano são lacunas para o leitor assim como para o casal. 

Foi uma forma bem inusitada de apresentar a história, eu acabava um capitulo e já precisava ir para o próximo para saber o que aconteceria em seguida e torcendo para que tivesse explicações sobre o que aconteceu no passado. Outros personagens são apresentados ao longo da história, mas o foco sempre é em Fallon e Ben. 

O livro tem todo um contexto dramático que em algumas partes chega a se sobrepor ao romance que estrutura a trama principal, trabalhando muito a questão da autoestima, aceitação, como lidar com perdas e mudanças inesperadas e a importância de ter objetivos e planos para alcança-los. 

– Não sou muito bom com discursos motivacionais de improviso – digo a ela. – Às vezes, à noite, reescrevo conversas que tive durante o dia, mas as altero para que reflitam tudo o que eu queria ter dito no momento. Então, só quero que você saiba que esta noite, quando eu colocar esta conversa no papel, vou dizer alguma coisa heróica e isso vai fazer você se sentir muito bem com sua vida.

Não vou entrar em mais detalhes sobre a história para evitar spoiler, direi apenas que o fim foi surpreendente e inesperado, tão inesperado que ainda não sei se gostei do desfecho apresentado – risos. 

Confesso que durante a leitura marquei várias partes que achei bonitas/tocantes/ importantes/ fofas. O fato é que após ler, pude compreender o porquê de tanto barulho pela autora texana e fiquei inclinada e conhecer mais obras dela. 

Já conhece CoHo, qual o seu livro favorito? 

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