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MIB: Homens de Preto Internacional | Crítica

7 anos depois do último filme da franquia, MIB: Homens de Preto volta aos cinemas com a promessa de uma revitalização a franquia, por meio de uma história alternativa e elenco carismático aos olhos do público. Em partes, o objetivo foi alcançado.

MIB: Homens de Preto Internacional conta a história do agente H (Chris Hemsworth), renomado em seu cargo e um dos nomes mais respeitados da agência por suas experiências vividas, até que tem uma nova missão em conjunto com a novata agente M (Tessa Thompson), mulher sedenta por conhecer mais sobre a obscura corporação e que tem um passado totalmente ligado a ela, motivando sua determinação pelo cargo.

A proposta do quarto longa da franquia não tem por objetivo apagar toda a história construída de forma brilhante por Will Smith e Tommy Lee Jones. Muito pelo contrário, Internacional funciona como um spin-off, mantendo os principais traquejos da obra original, com referências que fazem os fãs do filme de 1997 abrirem um sorriso pela nostalgia proporcionada.

Substituir Will não é fácil, ainda mais com uma franquia que tanto o alavancou para o universo do cinema como foi MIB, mas Chris e Tessa trazem a química já trabalhada em Thor: Ragnarok e alavancam a um patamar ainda maior, superando eventuais morosidades do roteiro com carisma e comédia que o filme pede.

A renovação da franquia passa também pela sua linha protagonista. Será que ainda tem de se chamar Homens de Preto? Tessa Thompson é imponente e conquista o público por meio da agente M, com uma personagem que cumpre de forma impecável o papel feminista que lhe é proposto, abordando temas um tanto quanto restritos quando falamos do papel da mulher na sociedade, como ciência e investigação. Ponto pra ela!

Estamos falando de um filme de alienígenas, e eles não poderiam ficar de fora! Entre novos seres inseridos no imenso universo galático e referências a criaturas que já conhecemos nos filmes passados, uma novidade nos encantou e merece um destaque especial. A criaturinha Pawny é fora da curva, e constrói o seu espaço com a dupla protagonista com uma comédia inteligente e que traz um novo ritmo ao filme.

Falando em ritmo, infelizmente é uma das grandes falhas do longa. A trama de MIB Internacional não tem criatividade, e desgasta a mesma história que já conhecemos nos outros três filmes, sem agregar novos caminhos futuros ou ousar no roteiro.

O filme é bem morno, e não tem nenhum momento que caímos na gargalhada por um longo intervalo ou que ficamos tensos por uma perseguição dos agentes. As histórias são rasas e resolvidas de forma muito imediatista sem provocar nossa curiosidade ou construção de um mistério maior.

Se Chris e Tessa se destacam positivamente, ainda me pergunto porque Emma Thompson e Liam Neeson estavam no elenco do filme. De carreira grandiosa no cinema, os atores tem papéis um tanto quanto fracos e aquém das capacidades que ambos tem de entregar. Talvez se o roteiro ousasse mais com uma responsabilidade maior a ambos, teríamos uma história melhor construída.

O longa é divertido e típico de uma sessão da tarde, assim como os outros filmes da franquia. Porém, MIB Internacional provoca risadas mas perde a chance de se tornar algo muito maior, não trazendo grandes esperanças para um novo momento dos Homens de Preto no cinema.

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