Conforme anunciado pelo Instagram oficial da banda, no dia 15 de dezembro de 2019, John Frusciante retorna, novamente, para comandar a guitarra no Red Hot Chilli Peppers. Junto, foi anunciada a saída de Josh Klinghoffer, que foi o guitarrista da banda pelos últimos dez anos, que possivelmente seguirá carreira solo. É valido citar seu primeiro álbum solo de estúdio lançado no dia 22 de novembro desse ano, intitulado de “To Be One With You”.

“O Red Hot Chilli Peppers anuncia que está se despedindo de nosso guitarrista dos últimos dez anos, Josh Klinghoffer. Josh é um belo musico o qual respeitamos e amamos. Somos profundamente gratos por nosso tempo com ele, e os inúmeros dons que compartilhou conosco. Nos também anunciamos, com grande ânimo e de corações cheios, que John Frusciante está voltando ao nosso grupo. Obrigado.”

A Ascensão de Jhon e dos Chilli Peppers
Primeiramente, alguns de vocês podem estar se perguntando: “mas e quem foi John Frusciante?”. A princípio, John, nasceu em Nova Iorque, e hoje com 49 anos, o músico retorna ao Red Hot Chilli Peppers, para sua terceira participação na banda. A primeira delas, foi na segunda formação da banda, iniciando no ano de 1988, onde John era um fã aficionado da banda. Após a morte do guitarrista Hillal Slovak, Flea e Anthony Kiedis ao verem como John tocava, decidiram de imediato chamar ele para darem sequencia ao projeto da banda, junto do baterista Chad Smith. Nesse período foram lançados os álbuns Mother’s Milk (1989) e Blood Sugar Sex Magik (1991), o qual é considerado o álbum que mostrou o RHCP para o mundo.
Após esse lançamento, John Frusciante apresentava, já, sinais de depressão e acabou se entregando as drogas e deixou a banda no ano de 1992. Em virtude de estar muito abalado e prejudicado por seu estilo de vida, John foi a falência, entretanto durante esse tempo, lançou alguns trabalhos solo. Quem assumiu a guitarra durante o período de 92-97, foi Dave Navarro.
A Retomada ao Estrelato
Em 1997, ano em que eu nasci, a mudança de rumo na vida de Frusciante se inicia. Se internando diversas vezes em clinicas de reabilitação para se livrar do vicio nas drogas, e em 1998 fazendo cirurgias plásticas para corrigir seu rosto, que fora desfigurado também devido ao uso das drogas, e trocando todos seus dentes, pelo mesmo motivo. John Frusciante estava de cara nova, não apenas literalmente, mas figurativamente. No mesmo ano vem o convite de Flea, para ele retornar a banda, o mesmo aceita e eles voltam a praticar juntos.

No ano de 1999 então é lançado o álbum Californication, não apenas meu álbum favorito da banda, mas também dando início a era de maior sucesso dos Chilli Peppers. Uma coletânea recheada de sucessos como, “Californication”, “Around The World”, “Parallel Universe”, “Scar Tissue”, “Otherside”, entre outros. Em 2002, sucesso novamente, com By The Way, que trouxe a faixa homônima “By The Way”, “Universally Speaking”, “The Zephyr Song”, “Can’t Stop”, “Venice Queen”, e demais. Com uma sequência de hits avassaladores e shows ao redor do mundo, o RHCP vivia sua melhor fase. Isso pode ser visto por exemplo na apresentação do grupo, na Irlanda, no Slane Castle, em 2003. No ano de 2006, a banda traz um álbum bem mais experimental, com 29 faixas, e uma sonoridade diferente dos anteriores. Este é o Stadium Arcadium, com hits como “Dani California” e “Snow(Hey Oh)”.
Durante seus anos de RHCP, John não deixou de fazer suas composições e lançar seus próprios álbuns, entretanto em 2009 ele aparentemente toma a decisão de se dedicar mais a seus próprios trabalhos, e de maneira inexplicada larga os Chilli Peppers, novamente. Sobretudo, ele colecionou 19 álbuns solo, ao longo de seus praticamente 30 anos de carreira.
A Fase Atual e o Futuro
Para os trabalhos seguintes da banda, junto a era em que eu conheci Red Hot Chilli Peppers, assume o controle da guitarra, Josh Klinghoffer. O mesmo era conhecido pelo próprio John Frusciante. Logo após sua entrada na banda, são lançados os álbuns “I’m with You” (2011) e “The Getaway” (2016). Por fim, considero esses últimos trabalhos muito importantes para a banda, que continua ativa a mais de 35 anos, e mesmo sem aquela química que tinha entre os integrantes, ao lado de Frusciante, conseguiram trazer seus sucessos para as gerações seguintes. Como um fã de RHCP, fico de coração dividido neste momento, triste pela partida de Josh, mas extremamente ansioso e curioso com a volta de John Frusciante. Por isso, além de reascender aquela chama da banda, nos deixa na expectativa de “o que será que virá pela frente”?