Nada melhor para passar o tempo do que maratonar franquias cinematográficas de sucesso, certo?! Que tal assistir a franquia Ocean’s? Ou, como é conhecida aqui no Brasil, 11 homens e um segredo. (Já foi 12 homens, 13 homens, e até 8 mulheres, mas se mantiveram fiéis a tradução dos anos 60 e deu nisso!)
Hoje a franquia é composta por quatro filmes, sendo que o primeiro filme é uma espécie de remake do clássico Ocean’s 11 de 1960 estrelado por Frank Sinatra e Dean Martin. Prometemos voltar aqui para falar desse clássico em breve!
Onze homens e um segredo (Ocean’s 11) – 2001

Um vigarista, Danny Ocean (George Clooney) recém saído da prisão monta uma equipe de composta por onze homens: Rusty Ryan (Brad Pitt), Linus Caldwell (Matt Damon), Frank Catton (Bernie Mac), Reuben Tis (Elliott Gould), Turk Malloy (Scott Caan), Virgil Malloy (Casey Affleck), Saul Bloom (Carl Reiner), Livingston Dell (Eddie Jemison), Yen (Qin Shaobo) e Basher Tarr (Don Cheadle). Cada um deles tem uma habilidade especial e todas juntas fazem deles a melhor equipe para executar um roubo em meio a Las Vegas.
O plano é roubar um cofre que contém 150 milhões de dólares dos três maiores e mais seguros cassinos de Las Vegas, e que pertencem a Terry Benedict (Andy Garcia).
Durante o planejamento, o restante da equipe acaba descobrindo que existe um motivo além do dinheiro por trás do roubo desse cofre em específico, Benedict tem saído com a ex-esposa de Danny e Danny quer Tess Ocean (Julia Roberts) de volta.
O filme, assim como os seus dois seguintes, é dirigido por Steven Soderbergh, que vinha de uma crescente de bons filmes mesmo em sua estréia, como Sexo, mentiras e videotape, Irresistível paixão, Erin Brockovich, uma mulher de talento e Traffic.
Filmes de assalto não são nenhuma novidade, principalmente nos anos 2000, mas a forma como Soderbergh consegue trabalhar a montagem do filme traz um charme que não víamos a muito tempo no gênero. O elenco estrelado, guiado por George Clooney e Brad Pitt facilita muito o trabalho do roteiro, que mesmo em momentos mais fraquinhos do roteiro, entregam uma performance e tanto nas telas.
Esse filme é obrigatório para fãs de filmes de assalto, e principalmente, para quem quer aprender a fazer filmes com muitos personagens e conseguir dar espaço e motivações de maneira equilibrada para cada um deles.
Doze homens e outro segredo (Ocean’s 12) – 2004

No segundo filme da franquia a equipe que executou o assalto esta aproveitando a vida boa que o dinheiro pode lhes dar, mas tudo que é bom dura pouco, e Terry Benedict descobre que foram eles que roubaram seu cofre.
Benedict visita cada um dos membros da equipe para avisar que descobriu quem eles são e lhes dar um prazo para que devolvam tudo o que foi roubado mais juros dos últimos três anos.
Os 11 homens partem em uma nova missão para recuperar o dinheiro que precisam devolver, porém acabam se deparando com outro ladrão que tenta atrapalhar seus planos e uma detetive que está investigando de perto todos os movimentos de cada um deles.
Dessa vez Tess acaba se envolvendo um pouco mais nas ações de seu marido e entra para a equipe como o decimo segundo integrante (A partir daí o título nacional já não faz mais nenhum sentido, porém não há mais o que fazer hahaha).
Se no primeiro filme a parte técnica mudou a forma como Hollywood trabalhava com filmes de assalto, esse pegou o melhor do primeiro filme e tentou reproduzir a exaustão, felizmente, o carisma dos personagens e a qualidade dos atores supera qualquer mínimo problema, e entrega um blockbuster super divertido e engraçado.
Treze homens e um novo segredo (Ocean’s 13) – 2007

Nesse filme, Reuben é traído por seu sócio Willie Bank (Al Pacino) e por causa disso acaba tendo um infarto que o deixa em um estado crítico.
Em busca de vingança, a equipe de Danny se reúne novamente com o intuito de destruir os negócios de Bank, o plano é acabar com a reputação de seu novo Hotel-Cassino em Las Vegas e fazer a casa perder pela primeira vez na história dos cassinos.
Para executar esse plano, eles precisam da ajuda de seu antigo inimigo Terry Benedict, que acaba virando o décimo terceiro membro da equipe.
Divertido e simples, esse terceiro filme é uma adição legal a franquia, mas já demonstra sinais de cansaço na fórmula e na execução. As boas tiradas, e a química dos atores continua segurando as pontas, e se você assistir em sequência com os anteriores compensa como um encerramento ao arco de Danny Ocean.
Oito mulheres e um segredo (Ocean’s 8) – 2018

Debbie Ocean (Sandra Bullock) é irmã de Danny Ocean, o filme começa exatamente da mesma forma que o primeiro filme da trilogia original, Debbie saindo do presidio com um plano perfeito para roubar joias (mulheres combinam muito bem com roubo de joias ne?!).
Inspirada por seu irmão, Debbie parte em busca da equipe perfeita com a ajuda de seu braço direito e melhor amiga Lou (Cate Blanchett). Juntas elas recrutam Amita (Mindy Kaling), Tammy (Sarah Paulson), Constance (Awkwafina), Nine Ball (Rihanna) e Rose Weil (Helena Bonham Carter).
O plano é roubar o colar Thousand da Cartier durante o Met Gala em New York, para isso as moças se infiltram na produção do evento e conseguem manipular a famosa Daphne Kluger (Anne Hathaway) a pegar o colar emprestado para usar durante o evento.
Assim como no primeiro filme da franquia, o plano não é executado só pelo dinheiro, Debbie deseja se vingar do ex-namorado Claude Becker (Richard Armitage).
O filme conta ainda com a participação de alguns personagens da primeira trilogia. Além da temática que envolve equipes e roubos planejados, os quatros filmes tem em comum os plot twists dos finais. O final de cada um dos quatro filmes tenta sempre surpreender o expectador, sendo inesperados e incríveis.
Nesse quarto e último filme, Garry Ross tenta emular bastante da montagem e da visão de Sorderbergh, mesmo sem ter o charme natural do diretor anterior. Porém, é legal como ele distribui bem a equipe, e as personagens são naturalmente sucessoras dos papeis dos antigos membros. Não é apenas uma versão feminina genérica da franquia, é realmente um filme legal e com um bom argumento de roteiro para existir.
Se você queria uma boa opção de maratona para esse período de quarentena, a série Ocean’s é um prato cheio, principalmente por ser divertido para se ver tanto sozinho, quanto acompanhado da família.
Fiquem em casa, e lavem as mãos!
Esse texto foi escrito em conjunto pelo Bruno Sena e pela Andressa Popim depois de uma maratona desses filmes! ♥