Filmes e Séries

Entre Facas e Segredos | Crítica

Um assassinato, elenco de primeiro escalão, muitos mistérios e um roteiro cheio de reviravoltas. Eis aí um breve resumo do que Entre Facas e Segredos prometeu e conseguiu entregar.

O longa começa a partir da misteriosa morte de Harlan Thrombey, um famoso escritor de histórias policiais que detinha uma grande propriedade além de muito dinheiro envolvido pela sua morte. Por conta disso, o fato atrai a atenção de todos os familiares do falecido, incluindo nesse meio Marta Cabrera (Ana de Armas), a cuidadora do velho milionário.

Para investigar o ocorrido naquela noite, é contratado o também famoso detetive Benoit Blanc (Daniel Craig), reconhecido por desvendar diversos outros crimes. Mas, nem ele mesmo sabe o motivo de estar ali, foi apenas recrutado por alguém de forma anônima. Esse mistério é só o primeiro de muitos outros que a trama nos apresenta.

Agatha Christie e Sir Arthur Conan Doyle ficariam orgulhosos se tivessem a oportunidade de assistir a este filme. Entre Facas e Segredos apresenta tudo o que de melhor nós conhecemos nas famosas obras dos escritores ao longo do anos. Soube beber da fonte de gênios do mistério e da investigação, entregando um longa que te prende do início ao fim.

Trabalhar com uma obra sobre investigação criminal já está um tanto quanto clichê, mas Entre Facas e Segredos consegue entregar algo além. Tem comédia, suspense e ação na medida certa, num filme que o elenco estrelado é a cereja do bolo para uma história que já nasceu grandiosa. As escolhas para cada um dos papéis foi muito bem feita, apesar de infelizmente alguns serem subaproveitados, como foi o caso de Jaeden Lieberher, o Bill de It.

Daniel Craig é impecável no papel de Benoit Blanc, e você fica com a sensação que um James Bond canastrão está responsável pela investigação a todo momento. Chris Evans não segue o papel de bom moço como Capitão América, sendo mais próximo do bombadão exibido que interpretou em outros papéis.

O figurino desse filme é um esplendor, repleto de cores em conjunto com um tom clássico que os grandes clássicos do mistério sempre trouxeram. Rian Johnson (Star Wars – Os Últimos Jedi) acerta em cheio na direção do longa, proporcionando uma montagem que até o maior craque da investigação pode colocar em dúvida qual a conclusão da trama durante a narrativa dos fatos. O trabalho com flashbacks e a história contada pelo ponto de vista de cada um dos suspeitos foi uma coisa linda de ver.

O filme faz jus as indicações que teve a algumas das grandes premiações do ano, mostrando que é possível sim manter o gênero em alta no entretenimento, pois sempre haverá espaço para inovação. Basta fazer bem feito e com o elenco certo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *