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O Senhor dos Anéis (Trilogia) | Dinastia Rewind

Por muitos anos, a minha lembrança de O Senhor dos Anéis era de alugar uns VHS duplos pra conseguir assistir a jornada de Frodo Bolseiro cruzando a Terra Média para destruir o anel do poder. Bem, depois de perturbar o juízo da minha esposa para assistir os 3 filmes, já que ela disse que nunca conseguiu ver tudo, finalmente decidimos que veríamos todos em sua versão estendida.

Visual Incrível

Assisti a versão estendida em Blu-Ray, e eu fiquei abismado como o filme não está datado, mesmo para um épico de 17 anos atrás. As cores vivas do condado, o filtro cinzento utilizado nos momentos de fortalecimento de Sauron, todo o trabalho estético do filme é irretocável mesmo para os dias atuais. Claro, não vamos comparar o CGI de hoje com o do passado, mas ainda há muito filme de 2017/2018 que não consegue chegar aos pés dos melhores efeitos de Senhor dos Anéis (Vide o Lobo da Estepe de Liga da Justiça, ou mesmo alguns trabalhos da Marvel). Uma cena que não sai da minha cabeça é a batalha entre Gandalf e o demônio Balrog, caindo e voando até as gélidas montanhas, é tudo muito plástico e detalhado.

Fidelidade x Estúdio

Peter Jackson, diretor, produtor, roteirista e idealizador do projeto, tinha planos menos ambiciosos para o filme. O diretor trabalhava em parceria com o pequeno estúdio Miramax, onde idealizava seu projeto de King Kong. Porém, ao escolher filmar na Nova Zelândia e após algumas escolhas técnicas, o projeto estava muito acima do orçamento que a Miramax poderia oferecer. Então Jackson começou a visitar outros estúdios, até que chegou até A New Line, que além de aceitar financiar o projeto, sugeriu que o trabalho fosse o mais fiel possível a obra original, e que fosse divido numa trilogia para contar o máximo de detalhes possíveis da história. Graças a essa parceria entre Jackson e a New Line, temos O Senhor dos Anéis do jeito que amamos.

Trilha Sonora

Enquanto escrevo esse texto tão adorável, estou ouvindo a trilha sonora dos filmes, e é incrível como as trilhas são bem compostas e ficam na sua cabeça te lembrando de momentos épicos e até mesmo sentimentais dos filmes. A trilha que é composta por Howard Shore, que havia trabalhado com Scorcese, além de ter composto a incrível de Silêncio dos Inocentes. Umas das coisas mais legais que percebi da trilha é que ela é separada por raças e localidades, e vai variando de tom de acordo com a situação proposta por aqueles personagens. O Tema da Sociedade do Anel é perfeito e não sai da sua cabeça. O uso de corais para os momentos épicos da Guerra se tornou marca registrada até hoje, sendo utilizada por inúmeros compositores.

A História

Se todos os aspectos técnicos chamam atenção, a história de O Senhor dos Anéis mostra porquê todos acham Tolkien um gênio e um mestre a ser homenageado. Faz ideia que os livros foram escritos entre os anos 30 e 40?! O Senhor dos Anéis é sempre atual, porque ele conta mais do que uma história, ele materializa valores e sentimentos humanos que sempre vão perpetuar independente da época, além de contextos culturais e religiosos. Amizade, coragem, ganância, amor, admiração, medo, incerteza, esperança, e muitos outros valores, representados em personagens, representado em passagens, e principalmente representado pela jornada de Frodo e seu inseparável e fiel amigo, Sam. 

Se você nunca assistiu, ou se assim como eu não assiste desde os anos 2000, dê uma chance e assista os filmes. Quando você ouve por aí que Tolkien é uma religião, saiba que Peter Jackson foi seu maior apóstolo e popularizou a palavra dele como nem o próprio autor conseguiu. O Senhor dos Anéis é uma obra atemporal, seja nos livros ou nos filmes.

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