Olá Dinastia!
No post de hoje, vamos continuar trazendo, para nossos seguidores, uma conversa com ilustradores e quadrinistas que dão vida a personagens e histórias sensacionais.
Hoje vamos conhecer mais sobre o trabalho, muito fofo e delicado, da Vivi, ilustradora que criou a webcomic Docinho em Família.
Antes de mais nada, por favor, conte um pouco sobre você, de onde veio, quando se descobriu ou decidiu que seria ilustradora? Como foi?
Desde pequena sempre quis desenhar, a principio foi minha mãe que me incentivou, pois eu “desenhava muito feio”. Apaixonada por anime e mangá na adolescência, sempre quis ser mangaká, mas ao saber o quanto mangaká sofre (pois produz em uma velocidade muito alta) desisti rápido e pensei em seguir a profissão de character design. Fiz faculdade, veio o primeiro casamento e minha filha… O sonho se distanciou. Somente aos 26 anos resolvi voltar para a arte como aquarelista profissional, isso com a ajuda de meu segundo marido. Somente após mais alguns anos que resolvi voltar para os quadrinhos, de modo digital inclusive. Não foi exatamente uma descoberta, eu sempre soube desse meu amor por arte, faltava um empurrãozinho.
Você fez algum curso/faculdade para se tornar ilustradora?
Eu fiz um curso de mangá dos 14 aos 16 anos (o curso ainda existe!), mais tarde entrei na faculdade de artes visuais. Agora, como quadrinista, estou na segunda extensão com o tema quadrinhos (pela UFC) e pretendo fazer mais alguns cursos na área.
Quando e como você encontrou o seu estilo como artista?
Encontrei quando parei de procurar ele! Pode parecer estranho mas antes eu estudava todos os estilos e buscava algo que fizesse sucesso (esse estudo me ajudou muito, não nego, mas também me prendeu em procurar algo certo, sendo que meu estilo estava em mim, e não no outro). O meu estilo era algo que eu fugia, acreditava simples demais, pensava que ninguém iria gostar… mas quando o desenvolvi e fiz tudo com o coração (e paciência) as coisas foram fluindo.
E como é o processo criativo?
Varia. Como diria a Cora Otoni nos quadrinhos tem temas que pesquisamos, fazemos BrainStorn (que eu faço com a minha família principalmente), mas alguns simplesmente surgem, inesperadamente. Já a parte prática tem sempre uma sequencia: primeiro os rascunhos (treinos de composição e luz e sombra) e a digitalização ou a pintura em aquarela. Não troco o papel e o lápis (ainda).
Algum profissional – ilustrador(a), artista plástico, desenhista, designer, enfim… – serviu ou serve como inspiração?
São muitos! Muda sempre também… adoro pesquisar e conhecer pessoas novas. Tem alguns artistas que sempre me fazem suspirar.
Internacional: Riikka Auvinen, Ira Sluyterman, Ibu Chuan e a linda Simone Grünewald
Nacional: Mariana Valente, Didi Mamushka, Bilquis Evely, Lu Cafaggi e Bianca Pinheiro.
Você tem um trabalho favorito? Se sim, qual é ele?
Que maldade essa pergunta! hahahahhahaha
Cada um tem seu lado de favorito, os mais novos são sempre os que mais amo! Este me deu orgulho pois pensei que não iria conseguir. XD
Na sua opinião, qual a maior dificuldade para quem trabalha com ilustração no Brasil?
Com certeza a desvalorização, tanto pelo empregador como do próprio profissional (como eu que não sei dar valor ao meu trabalho e sempre pergunto para os amigos o quanto cobrar e ainda assim cobro mais barato do que devia). Tem muito gente boa mesmo aqui no Brasil, mas prece que a galera considera tudo um “dom” e acha que deveria ser feito tudo de graça.
Já tem algum projeto encaminhado para 2019? Pode falar sobre ele?
Além das tirinhas semanais que vou dar uma “tunada”, tem o projeto TPM – Time pura merda, meu primeiro mangá oficialmente. Nele temos a personagem principal (Bi) que tem amigos loucos que só fazem merdas (coisas de adolescente que damos risada até endurecer a barriga). Meu outro projeto é o Lirio Amarelo, uma quadrinho em aquarela, mas esse o lançamento será apenas em 2020, quero que ele seja o melhor possível, então já estendi o tempo de criação dele. Nesse trabalho, o tema principal é família e sua comunicação entre si.
Qual a visão de futuro para o seu trabalho?
Muito trabalho e estudo, hahahahaha
Quero ter mais tempo na prancheta, para criar e desenhar o máximo que posso, contar as minhas histórias e poder entrar em contato com as pessoas (quem sabe fazer uma Graphic Novel para MSP? hahahhahahahaha)
Este espaço é seu, fale o que estiver no seu coração.
Cara, entrar para os quadrinhos foi um susto do qual eu ainda estou me recuperando, em dois anos tive mais retorno do que em 6 como aquarelista. Em 2 anos de tirinhas eu já estava na CCXP18, é assustador!
Foi tudo tão galopante ano passado que esse ano farei tudo com mais calma! hhahahaha
Obrigada mesmo pela oportunidade e desculpa a demora em responder, penso tanto em trabalho que quando chego em casa do meu trabalho fixo só penso nos quadrinhos (sou professora de artes em uma escola estadual de São Paulo).







O Dinastia agradece imensamente a participação da Vivi no nosso projeto. Você pode acompanhar seus trabalhos em sua conta no Instagram, Facebook, e comprar seus trabalhos em sua lojinha.
PS: Já estamos na torcida pela Graphic MSP. Sidão dá uma olhada aqui! rsrsrs
Gostou do projeto e quer participar? Basta preencher nosso formulário: www.dinastiageek.com.br/ilustradores.
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