Olá Dinastia!
No post de hoje vamos, continuar trazendo, para nossos seguidores, uma conversa com ilustradores e quadrinistas que dão vida a personagens e histórias sensacionais.
Hoje vamos conhecer mais sobre o trabalho da Renata Aguiar, que já é adorada aqui no Dinastia, eu mesma tenho uma de suas ilustrações (a Mulher-Maravilha de patins) decorando a minha parede.
Antes de mais nada, por favor, conte um pouco sobre você, de onde veio, quando se descobriu ou decidiu que seria ilustradora? Como foi?
Aquela velha história de todo Ilustrador, comecei a desenhar desde pequena, durante a faculdade eu tinha dificuldade em fazer os layouts por falta de recursos gráficos (a.k.a. Shutterstock), então acabava desenhando todos. Meus amigos sempre me incentivaram a desenhar e assim surgiu o The Palette Challenge (projeto colaborativo onde os seguidores da página pedem um desenho e eu faço, baseado numa paleta reduzida de 5 cores), e com o tempo eu fui aprimorando meu traço e aprendendo a utilizar melhor as cores. Eu fui para a Espanha estudar Ilustração Infantil e quando voltei entrei pro circuito de eventos e feiras de Ilustração e quadrinhos.
Você fez algum curso/faculdade para se tornar ilustradora?
Eu sou formada em Publicidade e fiz Especialização em Ilustração Infantil, mas trabalhava com desenho e ilustração antes. Acho que não existe um curso que te torna um ilustrador, é tudo questão de prática e conhecer os fundamentos (ah, e eu fiz muuuuuitos cursos de desenho, pintura, escultura, lápis de cor, aquarela, serigrafia, xilogravura, fotografia, pintura a óleo, etc).
Quando e como você encontrou o seu estilo como artista?
Meu estilo é considerado infantil, eu sempre gostei dos desenhos mais fofinhos e fora do padrão, estudei várias formas de desenhos do clássico ao mangá, e acabei me encontrando em algum lugar no meio. Mas estilo é muito mutável um desenho que eu fiz hoje daqui seis meses vai ficar totalmente diferente.
E como é o processo criativo?
Eu vou observando coisas do cotidiano, tiro fotos de referência, leio bastante e fico mais tempo no Pinterest que deveria. Eu sempre bom minar a cabeça com referências (e elas não vem exclusivamente de ilustração, pode vir de várias formas, desde uma tomada que parece uma carinha até quando você derruba tinta no chão).
Algum profissional – ilustrador(a), artista plástico, desenhista, designer, enfim… – serviu ou serve como inspiração?
Eu gosto muito da Chiara Bautista, Hiro Kawahara, Emi Lenox, Genevieve Godbout, Rafael Mayani, Quentin Blake, Lorena Álvarez (são os que eu lembrei).
Você tem um trabalho favorito? Se sim, qual é ele?
É o Chihiro e o Lago, uma ilustração digital que eu fiz para um evento.
Na sua opinião, qual a maior dificuldade para quem trabalha com ilustração no Brasil?
Para mim, tudo é difícil nesse mercado. Primeiramente é o foco de boas pessoas, não valorizam a arte, por ser um trabalho artístico sempre tem pessoas pedindo desenhos de graça ou falando que “vão ver e me retornam”, ou até mesmo reclamam por cobrar. Ilustração é um trabalho como qualquer outro.
Já tem algum projeto encaminhado para 2019? Pode falar sobre ele?
Sim, estou fazendo um quadrinho em parceria com a Cris Camargo que se chama “Guri e Kiri”.
Qual a visão de futuro para o seu trabalho?
Produzir sempre mais. Tenho mais um projeto de quadrinhos que ainda não tem nome mas está dando seus primeiros passos em direção a luz.
Este espaço é seu, fale o que estiver no seu coração.
Deem uma olhada na coletânea Teatro do Pavor da editora Skript, eles estão cheios de projetos lindos e legais que valem muito a pena (e tem um microconto ilustrado por mim e escrito pelo Diego Moreau).
O Dinastia agradece imensamente a participação da Renata no nosso projeto. Você pode acompanhar seus trabalhos em sua conta no Instagram, Facebook (Reh Desenha e The Palette Challange) e no Artstation. Sua arte também está disponível para compra na lojinha na Colab55.
Gostou do projeto e quer participar? Basta preencher nosso formulário: www.dinastiageek.com.br/ilustradores.
