Dinastia Entrevista

Dinastia Entrevista | Rafael Monti

Olá Dinastia!
No post de hoje vamos, continuar trazendo, para nossos seguidores, uma conversa com ilustradores e quadrinistas que dão vida a personagens e histórias sensacionais.

Hoje vamos conhecer mais sobre o trabalho do Rafael Monti, ilustrador e quadrinista de Bauru, São Paulo. Você deve se lembrar dos trabalhos do Rafa que foram postados nas nossas redes sociais, o Heróis de Quinta.

Antes de mais nada, por favor, conte um pouco sobre você, de onde veio, quando se descobriu ou decidiu que seria ilustrador(a)? Como foi?

Olá, tudo joia? Eu desenho desde a minha primeira lembrança. Era na carteira da escola, na parede da sala, no braço dos amigos e às vezes, acredite, até na folha sulfite! Decidir ser ilustrador foi muito natural. Tirando a paixão por futebol, que foi algo que me iludiu por uns 2 anos dedicados somente a isso, o desenho sempre foi o lado mais divertido me chamando pra brincar. Então, aos 18, comecei a estudar Publicidade e Propaganda, caminho que acreditava ser o mais próximo do qual eu queria trilhar. Depois disso vieram os estágios, o convívio com o pessoal de agências, os cursos, os estudos por conta e a coragem de trocar a vida “segura” trabalhando em agência para ser um ilustrador freelancer.

Você fez algum curso/faculdade para se tornar ilustrador(a)?

Fiz sim! Publicidade e Propaganda foi minha base. Depois disso, cursos e workshops tomaram e tomam conta da minha agenda anual até hoje.

Quando e como você encontrou o seu estilo como artista?

Acredito que encontrar o estilo seja um caminho natural, porém, baseado em muito estudo e dedicação. O estilo próprio é o conjunto de referências das quais você se apaixona durante sua vida e a releitura que faz delas depois de praticá-las até cair seu braço (rsrs). Porém, acredito que o processo para aperfeiçoar seu traço dura pra sempre. Uma arte não termina nunca, mas ela precisa ser finalizada.

E como é o processo criativo?

A base do meu processo criativo é o que vivi em agências de publicidade. A partir de um briefing, sigo com minhas pesquisas de referências, bate papo com o cliente, e estudos de traços. Um vício que não consigo largar ainda é de começar a desenhar no papel. Eu gosto da mão suja de grafite, de passar a borracha, de escutar o barulhinho do lápis no papel! E só depois disso eu corro pro computador, digitalizo e arte finalizo.


Algum profissional – ilustrador(a), artista plástico, desenhista, designer, enfim… – serviu ou serve como inspiração?

Quem me conhece mesmo já sabe da paixão que eu tenho pelo Maurício de Sousa. É minha inspiração do rabisco à arte final. Tenho outros profissionais que admiro de montão: Hiro Kawahara, Daniel Wu e Gabriel Picolo são alguns de tantos.

Você tem um trabalho favorito? Se sim, qual é ele?

Eu tenho um carinho especial e individual por cada trabalho desenvolvido. É difícil comparar, cada um tem sua história, seu momento e sua graça.

Na sua opinião, qual a maior dificuldade para quem trabalha com ilustração no Brasil?

Acho que não só com ilustração mas com a arte em geral, a maior dificuldade é tornar seu trabalho comercial e fazer as pessoas enxergarem isso com valor. São anos de estudo, e horas, talvez meses, em um único trabalho. Mas dificuldades a gente encontra em qualquer área, mesmo que diferentes. Então, o importante é apontar o lápis e sair rabiscando por esse mundão de oportunidades que só quem é atento vai enxergar.

Já tem algum projeto encaminhado para 2019? Pode falar sobre ele?

Tenho sim, mas ainda não tem nome. Me incomoda muito ser conhecido apenas como um artista que comercializa seus trabalhos. Quero mais que isso! Acredito que se Deus me deu a oportunidade de trabalhar nessa área, é por que preciso melhorar o mundo através dela de alguma forma. E um projeto com a finalidade de arrancar um sorrisinho daqui, outro dali, está em desenvolvimento. É pouco, mas é um começo.

Qual a visão de futuro para o seu trabalho?

Independente da área em que a gente trabalha, precisamos ficar muito atentos às tendências que caminham de acordo com a evolução da tecnologia e o comportamento humano. O que fiz ontem, apesar de servir como bagagem, não serve mais pra hoje, e por aí vai. Vou deixar Deus desenhar pra mim e me guiar. Mas nem por isso eu deixo de ter minhas ambições e sonhos. Quero realizar muitas coisas grandes e sei que o que vivo agora são experiências que preciso juntar pra desenvolver lá na frente.

Este espaço é seu, fale o que estiver no seu coração.

A arte foi o caminho que eu escolhi pra viver e ser feliz. Mas, mais que isso, como artista eu tenho a responsabilidade de tornar o mundo mais leve. Como? Não sei. Mas eu vou descobrir um dia. E você, na sua área, no seu trabalho, ajude a fazer o mesmo. Acredite-se!


O Dinastia agradece imensamente a participação do Rafa no nosso projeto. Você pode acompanhar seus trabalhos em seu Instagram e Behance.


Gostou do projeto e quer participar? Basta preencher nosso formulário: www.dinastiageek.com.br/ilustradores.

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