Dinastia Entrevista

Dinastia Entrevista | Giovanna Britto

Olá Dinastia!
No post de hoje vamos, continuar trazendo, para nossos seguidores, uma conversa com ilustradores e quadrinistas que dão vida a personagens e histórias sensacionais.

Hoje vamos conhecer mais sobre o trabalho do Giovanna Britto, ilustrador e artista de São Paulo.

Antes de mais nada, por favor, conte um pouco sobre você, de onde veio, quando se descobriu ou decidiu que seria ilustrador(a)? Como foi?

Sempre desenhei desde criança. Comecei a levar meus desenhos à sério quando considerei seguir carreira de moda – então comecei a desenhar croquis, mas percebi que não era pra mim. Depois de um tempo, quando passei a me inserir mais na cultura geek, realmente lendo quadrinhos e frequentando eventos, percebi que era daquilo que eu realmente gostava. Comecei criando novas poses para os super-heróis de que mais gosto, em especial do flash – e desde então continuei fazendo minhas ilustrações, e também criando algumas telas.

Você fez algum curso/faculdade para se tornar ilustrador(a)?

Não.

Quando e como você encontrou o seu estilo como artista?

Bom, eu sempre admirei a arte expressionista – nunca me liguei muito ao realismo. Além disso, desde que eu me conheço por gente gostava de acompanhar fanarts pelas redes sociais (acho que moldou meu caráter hahah). Acho que essas duas coisas, juntamente ao meu amor pelos traços e corpos dos quadrinhos clássicos ajudaram a construir as artes que crio hoje.

E como é o processo criativo?

Geralmente a criatividade surge quando eu menos espero. Minha arte é sempre uma mistura de cultura geek e arte clássica – então muitas vezes eu passo por um pôster de super-heróis e falo “nossa, isso se encaixaria muito bem com essa outra coisa aqui”. Mas eu acho importante, enquanto artista, não ter nada muito fixo antes da criação – gosto mesmo é de colocar o lápis no papel e ver o que a minha cabeça inventa

Algum profissional – ilustrador(a), artista plástico, desenhista, designer, enfim… – serviu ou serve como inspiração?

Gosto muito do trabalho do Van Gogh, Brian Bolland, John Romita Jr. e Ivan Reis.

Você tem um trabalho favorito? Se sim, qual é ele?

Acho que é meu híbrido de O Grito (de Edvard Munch) com Deadpool. Um dos meus preferidos.

Na sua opinião, qual a maior dificuldade para quem trabalha com ilustração no Brasil?

Acredito que no Brasil a arte não é levada a sério. Faltam incentivos, faltam espaços e falta reconhecimento, apesar de haver muito público. Fico triste muitas vezes quando frequento convenções ao ver que são feitas filas e filas para artistas internacionais, quando há centenas de artistas nacionais esperando por uma conversa. Acho que nós precisamos começar a reconhecer mais nossos artistas, e não apenas quando eles estão gigantes de famosos.

Já tem algum projeto encaminhado para 2019? Pode falar sobre ele?

Comecei um projeto de adaptação de músicas, poemas e frases famosas em história em quadrinhos. Já fiz alguns do Drummond como teste, e por enquanto gostei do resultado, então possivelmente esse vai ser meu principal projeto esse ano.

Qual a visão de futuro para o seu trabalho?

Minha principal visão de futuro pro meu trabalho é desenvolver uma hq própria, e tornar a minha arte o principal foco da minha vida.

Este espaço é seu, fale o que estiver no seu coração.

Como artista feminina, viver no mundo nerd é barra pesada. É difícil criar quadrinhos, viver completamente inserida no mundo nerd, mas ser questionada por qualquer cara de camiseta do Capitão América se “eu sei a história de verdade do coringa”. Apesar disso, também tem muita gente legal no meio, que é um dos motivos que dão vontade de estar nele.


O Dinastia agradece imensamente a participação da Giovanna no nosso projeto. Você pode acompanhar seus trabalhos em sua conta no Instagram.


Gostou do projeto e quer participar? Basta preencher nosso formulário: www.dinastiageek.com.br/ilustradores.

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