Olá Dinastia!
No post de hoje vamos, continuar trazendo, para nossos seguidores, uma conversa com ilustradores e quadrinistas que dão vida a personagens e histórias sensacionais.
Hoje vamos conhecer mais sobre o trabalho, sensacional, da Carolina Abreu, ilustradora do Rio de Janeiro.
Antes de mais nada, por favor, conte um pouco sobre você, de onde veio, quando se descobriu ou decidiu que seria ilustradora? Como foi?
Eu sou do Rio de Janeiro, capital. É uma longa história… Vou tentar resumir para explicar em como cheguei aqui rs.
Meu interesse por design começou quando eu tinha dez anos de idade e fiquei viciada em internet, mais especificamente em fazer blogs. Achava incrível fazer daquelas imagens layouts, então ficava fuçando o código fonte das páginas e aprendi a fazer(e implementar) os meus próprios. Passei a criar meu próprios layouts e a fazer GIFs também(sempre fiquei fascinada com a ideia de dar movimento as imagens). Em certo ponto, troquei os layouts e GIFs por animação, não que eu soubesse de fato fazer, mas me interessava muito sobre assunto. Nessa época, entrei para a ESDI e descobri o campo de motion graphics (que é uma forma de animação), mas que infelizmente não foi propriamente abordado na faculdade. Durante a faculdade tive a oportunidade de fazer um intercâmbio através do CSF e estudei por um ano na Savannah College of Art and Design, Savannah, GA, EUA.
Lá me dediquei a aprender o máximo que pude sobre motion graphics e tive meu primeiro contato com ilustração. Diferentemente da maioria dos ilustradores, desenhar não foi um hobbie que mantive desde tenra idade, a necessidade de ilustrar veio através do motion graphics. Eu não queria mais apenas animar projetos gráficos, queria poder criar minhas próprias animações. E foi assim que cheguei até aqui, e posso dizer que hoje em dia poder ilustrar aquece meu coração tanto quanto animar. Ilustração e motion Graphics são minhas duas paixões!
Você fez algum curso/faculdade para se tornar ilustradora?
Sim, estudei na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI)/ UERJ.
Quando e como você encontrou o seu estilo como artista?
Durante meu TCC. Criei meu estilo primeiro na teoria, defini que usaria as formas geométricas e linhas bem marcadas, basicamente por motivos feministas. Explicando (muito) a grosso modo: tradicionalmente(segundo Kandinsky) linhas curvas estão associadas a sensibilidade, suavidade e flexibilidade o que lhes confeririam características femininas. Como meio de quebrar essa inconsciente associação que fazemos, gosto de priorizar ângulos bem marcados e principalmente a linha diagonal, pra simbolizar a igualdade dos gêneros(pois linhas verticais se associam ao masculino, e horizontais, ao feminino). As escolhas de paletas de cores, e uso de cores vibrantes que tanto gosto de usar também surgiram através de estudos durante meu TCC. Só após definir cada ponto na teoria, consegui finalmente criar meu próprio estilo na prática.
E como é o processo criativo?
Para projetos pessoais, o processo é bem livre, costumo ter ideias que vêm ”do nada”, por isso costumo estar sempre com um sketchbook! Em projetos profissionais faço por etapas, tendo feedback do cliente, e antes de mais nada, muita pesquisa!
Algum profissional – ilustrador(a), artista plástico, desenhista, designer, enfim… – serviu ou serve como inspiração?
São muitos, mas principalmente a Juliette Oberndorfer e Rafael Mayani.
Você tem um trabalho favorito? Se sim, qual é ele?
Sim, Mulheres em Todas as Cores (fruto do meu TCC). São cinco animações em motion graphics, porém só compartilhei um até o momento. O primeiro é sobre a Nanny dos Maroons. Esse tem sido meu xodó desde então.
Na sua opinião, qual a maior dificuldade para quem trabalha com ilustração no Brasil?
Conhecimento (muita gente nem sabe que é de fato uma profissão) e reconhecimento, pois sinto que no Brasil muitas vezes o ilustrador não é tão valorizado como deveria.
Já tem algum projeto encaminhado para 2019? Pode falar sobre ele?
Tenho sim, um é o projeto que se originou no meu TCC, Mulheres em todas as cores (@mulheresemtodasascores) e que além de ser um projeto colaborativo e estar em constante evolução, ainda não compartilhei todas as animações que fazem parte do meu TCC e que irei compartilhando aos poucos nos próximos meses. O outro ainda não posso falar sobre, mas adianto que irei poder compartilhá-lo em breve lá no meu Instagram <3
Qual a visão de futuro para o seu trabalho?
Pretendo seguir me aprimorando e buscar meu lugar ao sol fazendo o que mais alegra minha alma.




O Dinastia agradece imensamente a participação da Carolina no nosso projeto. Você pode acompanhar seus trabalhos em sua conta no Instagram e Facebook. E também pode encomendar/comprar seu trabalho por email, clique aqui.
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