Tentando mostrar as origens e o conceito do SLAM Poetry, um campeonato de poesias que acontece no mundo inteiro. SLAM – Voz de Levante trás uma perspectiva de documentário a um filme que tenta dar um senso de comunidade ao SLAM, e mostrar seu crescimento aqui no Brasil e no mundo.
Dirigido por Tatiana Lohmann, e Roberta Estrela D’Alva, o filme mostra a própria Roberta como protagonista, enquanto viaja o mundo mostrando diversas versões do SLAM ao redor do mundo, e sua própria jornada ao mundial de Paris, incluindo uma como mentora de outra jovem. O filme usa um conceito de tempo não linear, passeando por diversos anos entre 2008 e 2017, tentando ligar o encontro de Roberta a outros participantes, e infelizmente frusta ao não conseguir prender a atenção do espectador.
A fotografia e a direção de arte acertam em alguns momentos mais singulares, mas falta um toque único, e a direção de arte que foi feita pela própria Tatiana Lohmann, e tem mais algumas participações, acaba tendo um aspecto amador em algumas cenas que mereciam mais intensidade, como em durante as apresentações. Isso sem contar na falta de padrão, que em momentos quer desfocar o fundo e dar foco a nossa protagonista, mas em outros acaba deixando a protagonista sem o brilho que a cena pede, em outros parece que pegou uma GoPro e saiu desfilando por aí com a câmera, sem nenhuma preocupação com as cores ou com o contraste da cena.
O ponto alto é a sua trilha sonora, tocando musicas das regiões visitadas no Brasil, que variam do Funk carioca, ao Hip Hop nacional.
SLAM – Voz de Levante, pode funcionar para quem conhece o movimento, ou está diretamente ligado a pautas progressistas, uma pena porém, que o filme não consiga acertar aos olhos de quem deveria, que são as pessoas que não conheciam o campeonato.
Essa sessão eu assisti na companhia do meu amigo Lucas Souza, do site Ultimato do Bacon, se quiser uma segunda opinião sobre o filme, clica aqui, e confere a crítica deles.
