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Crítica | Rampage – Destruição Total

Na última terça feira (10/04) o Dinastia Geek participou da pré-estreia de Rampage – Destruição Total, realizada pela Warner Bros Pictures no Shopping Eldorado em São Paulo. O evento contou com várias ativações e locais temáticos inspirados no filme para tirar fotos. O filme estreia hoje nos cinemas brasileiros e aqui você pode conferir nossas impressões sem spoilers do novo filme de Dwayne Johnson.

Confesso para vocês que quando fui ver Rampage, tive a impressão que o filme seguiria o mesmo caminho de “Terremoto: A Falha de San Andreas”, pois, Brad Peyton dirigiu este filme e foi escalado para Rampage, que bom que o resultado foi bem diferente. Para que você possa entender melhor sobre o enredo do filme, Rampage é baseado em um jogo de videogame dos anos 80, no qual três feras enormes destroem uma área urbana.

Para começar, vamos falar dos personagens, começando o que estampa os cartazes e outdoors com Dwyane, George é um gorila albino que vive em um santuário selvagem em San Diego. George se comunica através de linguagem gestual com seu melhor amigo Davis Okoye (Dwayne Johnson), o primatologista que o salvou ainda quando era um bebê de caçadores ruandeses. Dwayne Johnson ancora o filme com sua mistura necessária de humor modesto e coração (você leu certo). Seu personagem foi um ex-soldado das Forças Especiais que se transformou em um primatologista.

O que causa o crescimento e transformação dos animais no filme são capsulas com genes experimentais chamadas CRISPR, que estão a bordo de uma secreta estação espacial Energyne, que se desintegra de forma explosiva. Este entulho cai na terra do santuário de vida selvagem de San Diego, junto com uma amostra do poderoso agente patogênico da empresa. Isso faz com que consequentemente a taxa de crescimento e o temperamento de George acelerem.

Este mesmo incidente também acontece em outros dois lugares da América, nas planícies de Wyoming e nos pântanos da Flórida. Se você viu os trailers, já saberá os resultados, mas mesmo assim o filme diverte muito, só achei que estes resultados (as transformações) não precisavam ser entregues nos trailers. Estes três monstros vão para Chicago e levam destruição por onde passam, logo, Davis Okoye está na cola deles para detê-los.

Ponte de destaque para o filme fica para o elenco, que entrega uma ótima e cômica química, Jeffrey Dean Morgan (o Negan de The Walking Dead), ele interpreta Harvey Russel, um agente especial recrutado pelo governo para limpar a bagunça. Eu diria que Jeffrey esta interpretando “Agente Negan”, ele  entrega todas as suas falas com a mesma cadência, sotaque e arrogância que seu vilão de Walking Dead.

A ciência em si é o domínio da obstinada geneticista Kate Caldwell, vivida pela atriz Naomie Harris (Piratas do Caribe e indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante em Moonlight), explica a situação de George para Davis ao percorrer rapidamente a página da Wikipedia (muito simples achei) sobre o agente genético que modificou os animais. Ela fica com a responsabilidade de explicar tudo o que acontece com os animais no filme.

Kate Caldwell é responsabilizada pelos acontecimentos, mas então conhecemos os personagens interpretados por Malin Akerman (Watchmen) e Jake Lacy (The Office), Claire e Brett Wyden, dois irmãos diretores do Projeto Rampage da Energyne Corporation. Os dois estão tentando montar geneticamente um tipo de bioengenharia de predadores super-agressivos através de DNA de vários animais. Joe Manganiello (Magic Mike/ Liga da Justiça) também aparece no filme como Burke, o mercenário aparece em uma participação mais modesta.

Uma das premissas centrais de um filme de ação de Dwayne  tende a ser o conceito de que seus personagens são fisicamente capazes, mas emocionalmente limitados. Os roteiristas de Rampage fornecem uma reviravolta adicional, mostrando Davis se abrindo com George através de sua linguagem de sinais, mas ele permanece teimosamente distante das pessoas ao seu redor.

O vínculo entre George, o macaco albino e Davis, é o coração do filme e que faz você se envolver até a última cena. A relação entre eles é muito boa, mas George já é sobrenaturalmente inteligente e emocional antes de sua transformação acidental. Isso faz com que o efeito da fórmula sobre ele pareça mais uma “raiva injetada em seu corpo” do que a horrível evolução que acontece com o lobo e o crocodilo.

O roteiro é bom e o filme sabe ser engraçado nos momentos certos, sem forçar a barra de quem está assistindo. As sequências de ação são bem elaboradas (bons efeitos especiais) e a amizade central entre humanos e primatas é até bastante comovente em alguns pontos do filme. Não é um filme como foi Jumanji 2, mas conseguiu superar o filme anterior da parceria entre Brad Peyton e Dwayne Johnson. Vale a pena conferir o filme nas telonas.

Rampage – Destruição Total estreia nos cinemas brasileiros em 12 de abril, também conhecido como hoje!

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