Filmes e Séries

O Chamado do Mal | Crítica

Em um ano com bons filmes de terror, O Chamado do Mal chega para aproveitar o espaço entre os blockbusters de dezembro no Brasil. Já lançado em outros países desde agosto, O Chamado do Mal ainda carrega consigo o marketing de ser dos mesmos produtores de Corra! e do Colecionador de Corpos.

Quando Adam (Josh Stewart) aceita um emprego como professor universitário de matemática, ele e sua esposa grávida, Lisa (Bojana Novakovic), se mudam para um novo lar nos arredores da cidade. Tudo parece perfeito, até que Lisa sofre um aborto em circunstâncias misteriosas. ​Agora, ​ela se vê assombrada por uma entidade maligna que começa a atormentar sua vida, fazendo-a questionar sua sanidade. Ela terá que lutar contra a razão para encontrar respostas e descobrir o que aconteceu com seu bebê.

É difícil falar sobre o enredo de filmes de terror sem se deparar nos clichês do gênero, e todos estão aqui representados até mais do que deveriam. Uma família se mudando para uma casa nova, um espirito antigo, um jardineiro bonitão, um médium que responde todas as perguntas. Talvez o grande acerto do filme é não se levar tão a sério e montar quase que pequenas sketchs com o tema. Infelizmente o filme não passa muito disso, parece um mar de idéias e clichês que são jogadas ao decorrer da trama, mas peca na execução de algumas coisas, como não conseguir criar um bom clima de tensão, ou não ter uma trilha marcante como um bom horror merece. 

Tecnicamente o filme acerta na fotografia de cenas mais abertas, e até filma bem em momentos mais fechados. Os protagonistas atuam bem, enquanto a cunhada Becky (Melissa Bolona) tem uma atuação terrível, soa quase pornográfico o modo como ela age, e vendo de uma perspectiva bem otimista. A montagem do filme parece meio jogada as vezes, tendo uns cortes brutos que não funcionam bem na narrativa do filme. Talvez a falta de uma trilha melhor trabalhada faz a dinâmica do filme trabalhar de maneira abrupta as vezes.

O Chamado do Mal é um passatempo legal para quem quer um filme simples de terror para assistir acompanhado com alguém medroso, ou para ver naquele fim de tarde sem ter muito o que fazer. Uma pena que num ano que temos os bons Hereditário e A Freira, o filme que fecha a porta do gênero não o faça com chave de ouro.

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