Filmes e Séries

Bohemian Rhapsody – Realidade x Ficção

O Diretor Dexter Fletcher e anteriormente Bryan Singer junto com Anthony McCarten tinham uma missão em Bohemian Rhapsody de relatar a história da ascensão do Queen até o show Live AID 85 – e o momento pessoal do Freddie da descoberta da doença.

Se a vida de Freddie Mercury é cheia de grandes histórias e algumas controvérsias, os bastidores de Bohemian Rhapsody não poderiam ser diferente, com mudanças dignas de uma ópera cheia de reviravoltas.

Antes mesmo de chegarmos ao Rami Malek, tivemos Sasha Baron Cohen como favorito para interpretar o Freddie, porém as diferenças com a Banda resultaram em sua saída do Projeto. 

Após a saída do Sasha, o diretor Dexter Fletcher entrou para o projeto e pensou no Ben Wishaw para representar o Freddie, mas este logo saiu do projeto, após a saída do Ben, o Dexter por conflito da agenda também teve que abandonar.

Então veio o Bryan Singer e sugeriu o nosso Freddie nas telinhas, Rami Malek, porém os momentos finais da direção do filme tiveram o comando do Dexter Fletcher.

Confesso que não é uma missão fácil ou simples de ser executada, pois o Queen foi envolvido em muitas especulações durante e após a morte de Freddie Mercury (em 24/11/91).

Por exemplo a sexualidade, festas privadas e a causa da debilitação do Freddie era motivo para tantos headlights em programas matinais de fofoca na Inglaterra como em todo o mundo. 

Entrando um pouco nas diferenças entre o Filme e a Vida Real do Queen : 

  1. Tim Staffell e Freddie Mercury já se conheciam e por sinal estudavam juntos na Universidade;
  2. We Will Rock You, música esta criada por Brian May faz parte do Album Queen News of the World, alguns anos antes da apresentação no Madison Square;
  3. Roger Taylor e Brian May assim como o Freddie também possui um projeto paralelo solo;
  4. Os Projetos Solo do Freddie foram lançados Mr. Bad Guy em 1985 e Barcelona em 1988;
  5. Rock in Rio aconteceu no ano de 1985;
  6. O último show do Queen foi em 86; 
  7. A briga da banda que gerou um “hiato” foi demonstrado de forma bem mais light do que realmente foi;
  8. Sobre a descoberta da doença do Freddie, alguns fãs fieis e mais outros borbulhinhos, afirmam que a banda parou de fazer shows ao vivo devido que o próprio Freddie não estava mais tão disposto devido as consequências da doença, e que o Próprio Freddie já sabia antes do Live Aid. Outros afirmam que Freddie só veio a descobrir em 87; 

As “ficções” criadas com base na vida do Queen entraram e entram para dar continuidade a história de forma que fique leve e que possamos curtir os momentos dos altos e baixos da banda pela tela do cinema. 

Entretanto os pontos que foram mostrados no filme, como as cenas das festas do Freddie e até mesmo a discussão sobre sua sexualidade era algo que o próprio Freddie nunca assumiu publicamente. Era mais importante para o Freddie saberem de sua banda do que a sua opção sexual.

Apesar de todo alvoroço sobre sua sexualidade o foco e sopro de vida do Freddie era a sua música, não é atoa que os últimos momentos de vida, após a decisão de não seguirem com shows ao vivo, foi de criar o máximo de material exclusivo para a banda. 

Reparando em todas as cenas sobre o tema que é mais polemico – a sexualidade do Freddie, não houve necessidade de ser mais explicito do que foi, devido a faixa etária do filme e a própria decisão do Freddie de não se assumir publicamente.

Nesse aspecto tanto o roterista como o próprio Queen, seguiram fielmente a vontade e a realidade que foi a vida pessoal do Freddie Mercury.

Nosso amado Freddie foi muito bem representado pelo Rami Malek, onde seus pasos e movimentos eram precisamente estudados pela própria treinadora de movimento, Polly Bennett.

Cada movimento do Freddie foi examinado e compreendido o porque e onde encaixavapara que o próprio Rami pudesse ser fiel a essência desse cantor que até hoje rouba suspiros. 

Um fato engraçado que o próprio Rami expos em sua entrevista com o Jimmy Fallow, foi que ele teve que usar uma dentadura para conseguir ficar com a aparência exótica que o Freddie tinha.

Outro fato, após a fama sugeriram pro Freddie fazer um tratamento odontológico, mas o próprio Freddie se recusou dizendo que poderia atrapalhar o seu alcance e potencia vocal.

Não há ninguem que possa ter saido do cinema e não ter conseguindo reparar ou pensar que o Brian May voltou no tempo e se interpretou no cinema.

A Caracterização do Gwilym Lee foi perfeitamente executada, por momentos me peguei pensando como era possível ter uma imagem tão nítida do próprio Brian May em 70 ~ 85.

Exatamente como diz em Who Wants to Live Forever : 

” Touch my world with your fingertips And we can have forever And we can love forever Forever is our today Who wants to live forever? Who wants to live forever? Forever is our today” 

E após este filme ouso falar que mais uma Vez Freddie Mercury foi eternizado em mais uma geração, revivendo a oportunidade de viver para sempre.

Freddie Mercury, Roger Taylor, Brian May e John Deacon como Banda Queen viveram os momentos de uma vida inteira em um curto pedaço de tempo.

Contudo, se considerarmos todas as mudanças da própria realidade do Queen que foram parar a tela (que não foram tantas), gostaria de salientar que o filme é extramamente prazeroso e emocionante de assistir (leia nossa crítica sem spoiler aqui). 

Eu termino este post da mesma forma que o Freddie nos lembrou e nos deu seu Adeus (de acordo com a própria banda após analisarem a musica anos depois)

These are the Days of Our Lives :

‘Cause these are the days of our lives
They’ve flown in the swiftness of time
These days are all gone now but some things remain
When I look and I find no change”

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