Filmes e Séries - Literatura

Aladim (Zahar) | Resenha

Não sei se todos já conhecem, mas a Zahar tem uma coleção fantástica de clássicos e recentemente, aproveitando o lançamento do filme, a editora publicou Aladim, a história original do jovem ladrão. Mas antes de rever esse velho amigo da nossa infância, precisamos conhecer a história de Scheherazade.

Mil e uma noites conta a história do rei Xariar, que descobre que sua mulher é infiel, e dorme com um escravo cada vez que ele viaja. O rei, decepcionado e furioso (descontrolado e babaca), mata a mulher e o escravo. Convencido de que nenhuma mulher do mundo é digna de confiança, ele decide que, daquele momento em diante, dormirá com uma mulher diferente cada noite, mandando matá-la na manhã seguinte: desta forma não poderá ser traído nunca mais.

Passam-se assim três anos durante os quais o rei desposou e assassinou centenas moças, trazidas à sua presença. Certo dia, quando já quase não havia virgens no reino, uma das filhas do vizir, Scheherazade, pediu para ser entregue como noiva ao rei. Nossa heroína sabia exatamente como por fim a maldade deste homem.

Após respeitosamente pedir a permissão do rei, Scheherazade começa a contar a extraordinária “História do mercador e do gênio” mas, ao amanhecer, ela interrompe o relato, dizendo que continuará a narrativa na noite seguinte. O rei, curioso com o maravilhoso conto, não ordena sua execução para poder saber o final da história na noite seguinte. Daqui pra frente você já pode imaginar como a história caminha, né?

Mas chega de spoilers. Vamos falar de Aladim!

Aladim é um jovem muito pobre, bastante preguiçoso e um tanto bobo, já que acaba sendo enganado pelo estranho tio distante do seu pai (FAKE NEWS). Por outro lado, o jovem é agraciado com objeto que lhe permite fazer desejos, munido de seu novo artefato, o garoto parte em busca de conquistar sua amada. E a partir daí a aventura começa…

Não quero me estender muito pois o livro é pequeno (120 páginas na versão de bolso), mas a história é tão, ou ainda mais, fascinante quanto a animação da Disney. A diferença fica por conta da falta de artifícios mais lúdicos e “infantilizados” da animação.

A diagramação da Zahar é daquelas que dá vontade de exibir por aí. O livro tem capa dura e traz uma linda ilustração dos palácios do oriente médio. As contra-capas são ilustradas com padrões geométricos (que me remeteram aos pisos desses palácios). A fonte tem um bom tamanho que facilita a leitura, ainda mais para uma edição de bolso.


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