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A Memória de Babel – A Passa-Espelhos: Livro 3 | Resenha

A Memória de Babel  é o terceiro volume da série A Passa-Espelhos, história criada pela francesa Christelle Dabos.

ATENÇÃO: se você ainda não leu o primeiro livro da série, esse texto pode conter spoilers.
Você pode ler a resenha completa de Os Noivos do Inverno aqui e de Desaparecidos em Luz da Lua aqui.

A primeira coisa que você precisa saber sobre esse livro é que a história narrada nele começa dois anos depois dos ocorridos na ultima página do livro 2. A explicação é que Ophélie passou esses dois anos enfurnada em seu quarto em Anima, sem se arrumar, sem sair, sem interagir com ninguém

Um dia quando é obrigada a ir trabalhar em uma barraquinha no festival do dia do relógio, Ophélie e Tia Roseline são surpreendidas pela visita inesperada de Archibald. Após ser desligado da Teia, Arch descobriu que possuía outro poder familiar, assim como sua avó, ele podia criar portais de um lugar a outro no mundo e também descobriu que tinha acesso as Rosas dos Ventos (um espaço fora da dimensão onde existem diversas portas, cada uma levando a um lugar diferente).

Usando a Rosa dos Ventos de Archibald, Tia Roseline volta ao Polo e Ophélie decide partir sozinha na maior aventura de sua vida. Ophéle vai para a Arca Babel, ela tem certeza de que poderá encontra Thorn lá, e que juntos vão conseguir solucionar todos os mistérios que envolvem as Arcas, os Espíritos Familiares e Deus.

Babel é uma Arca muito diferente de Anima e do Polo, em Babel prevalece a rigidez, o mérito próprio e a incansável obrigação de servir a cidade acima de tudo. Para tentar encontrar respostas, Ophélie se vê obrigada a entrar para a Boa Família, uma espécie de escola onde os candidatos são testados e forçados a ampliar seus poderes em busca do conhecimento para servir às necessidades da cidade.

Ophélie acaba mais uma vez, passando por provações terríveis como privação de sono, fome, bullying de outros aspirantes e instrutores, entre outras coisas. Em um momento ela deixa de ser ela mesma e se perde no alter ego que precisou criar para se esconder de Deus e seus vigias.

Diferente de dos volumes anteriores, em A Memória de Babel, a história é bem arrastada na primeira metade. Até faz certo sentido, pois a personagem principal está aprendendo a se adaptar a nova sociedade e tudo o mais, porém nada de realmente interessante acontece, até várias coisas começarem a acontecer ao mesmo tempo.

Esse livro contem três ou quatro capítulos espalhados que narram acontecimentos lá no Polo, a narrativa acontece pelo ponto de vista de Victoire, a filha de Berenilde com Farouk. São capítulos bem interessantes.

Mais uma vez, a evolução de Ophélie é impressionante, nesse livro rola até um capítulo de auto conhecimento. Archibald aparece pouco mas também está bem diferente, assim como Berenild, que aparentemente deixou de ser aquela cortesã segura de si do primeiro livro.

Em uma nova Arca, obviamente surgem novos personagens, alguns se tornam importantíssimos para trama, como a espírito familiar Hélène, o aprendiz octavio, o assistente do Memorial Blasius e o misterioso Sem- Medo- Nem-Muita-Culpa.

No geral, esse foi o livro que menos gostei até agora. Porém, sigo com altas expectativas para o quarto e ultimo volume da série ( ainda sem data de publicação aqui no Brasil).

Li a edição, com 394 páginas, publicada pela editora Morro Branco. Essa edição contem uma ilustração linda de lombadas de livros (eu acredito que sejam os livros de E.D.) e também uma ilustração do Mapa da Rosa dos Ventos e Seus Destinos, com um índice que especifica qual o espírito familiar daquela Arca e o tipo de poder.

Preparados para o último livro da série?

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