Chegou ao fim nesta semana nos EUA após 8 prósperas temporadas, Homeland. A série reconhecida pela crítica mundial e até mesmo por especialistas do exército e governo norte-americano, agradou e muito em seu final.
A série não é tão conhecida assim no Brasil, a não ser pela primeira temporada já ter sido exibida pela Globo, pelas 6 temporadas disponível na Globoplay e pela exibição no canal pago Fox Premium, você não ouve falar muito por aí como outras badaladas como Game of Thrones, Grey’s Anatomy, enfim. Mas, porque então assistir Homeland?
Após concluir essa jornada de 9 anos e 8 temporadas, dou 5 motivos para você começar a assistir hoje mesmo!
O gênero da série

Homeland é uma série investigativa que conta a história da agente da CIA, Carrie Mathison, e a recepção de um soldado americano resgatado no Iraque, Nicholas Brody. A partir dessa situação, a série trabalha questões diplomáticas, militares, táticas e políticas envolvendo a relação EUA e Oriente Médio.
Não é simplesmente uma série criminal ou política, é muito mais do que isso. Homeland tem um fortíssimo drama por traz dos seus personagens e situações relatadas, romance no momento que é propício para isso, e ação durante as cenas de guerra civil e tática entre EUA e Oriente Médio, proporcionando assim um relato sobre guerras que vemos no dia a dia muito bem adaptado para o entretenimento, como nenhuma outra trama foi capaz de fazer de forma tão bem estruturada.
A proximidade da realidade

Não foi por um acaso que eu comecei a ver Homeland. Durante uma entrevista no ano de 2011 ou 2012, Barack Obama disse que uma das séries que ele mais gostava de acompanhar naquele momento, era justamente Homeland! Mas daí me coloquei a pensar em como e porque o presidente da maior nação do mundo gostava tanto de uma série que tinha como principal tema o terrorismo.
Para que um chefe de estado tenha pompa para falar em público tão bem de uma série que aborda um assunto delicado quando falamos de Relações Internacionais, é porque de fato há algo de destaque ali, e com o tempo eu fui descobrindo o que era. Homeland não é Simpsons, mas está tão próxima da realidade quanto nossos amados de Springfield em algumas situações.
Houve momentos que Homeland teve que ter hiatos não previstos no meio da temporada por conta de atentados ocorridos nos EUA e na Europa, com fatos muito semelhantes daqueles que viriam a acontecer na série. Chega a ser creepy quando pensamos na proximidade dos fatos, mas quando procuramos exemplos para aplicar a frase “quando a vida imita a arte”, Homeland é quase obrigação de ser citada.
Outros exemplos que comprovam essa proximidade com a realidade, também são possíveis de ser encontrados por aí. A história do sargento Bowe Bergdahl, resgatado do Afeganistão em 2009, em muito se assemelha com Nicholas Brody na série. Em 2018, durante entrevista a Stephen Colbert, Claire Danes revelou que tinha concluído as gravações a alguns meses em que o foco seria uma interferência russa nos EUA. Ora, ora… justamente quando haviam investigações rolando em solo americano, causando grande desconforto com o governo Putin! Coincidência, a gente vê por aqui.
A imparcialidade dos fatos

Historicamente, os EUA tem uma péssima fama de avassalador contra o Oriente Médio, sendo causador de guerras muitas vezes sem uma motivação real, apenas um boato que motiva a imposição americana sobre tudo e todos que entrarem em sua frente. Homeland não tem medo de abordar isso, e muito pelo contrário, o faz de forma corretíssima.
Durante diversas situações na série, vemos os dois lados da moeda. O comportamento americano e o reflexo do Oriente Médio quanto a determinada medida política ou armamentista tomada. Homeland é uma obra de pura ficção, mas nos colocamos a pensar até que ponto aquilo não poderia ser realidade.
Iraque, Afeganistão, Paquistão, Sudão, Moscou e Berlim são alguns dos locais que a série visita durante as 8 temporadas, sendo precisa e detalhista em cada um deles. Nada em Homeland é superficial, afinal estamos tratando de um tema bem delicado, aonde há todo um trabalho da produção da série em transparecer a realidade do povo de cada país e das relações políticas sem ofender um lado ou outro da história.
Claire Danes

Merecedora de todo reconhecimento pela brilhante atuação como Carrie Mathison, Claire Danes é vencedora de dois prêmios Emmy (2012 e 2013). A atriz atingiu o ápice da atuação com a personagem protagonista da série, sendo muitas vezes taxada de louca, outras como genial, chegando ao final de Homeland figurando o topo do protagonismo na TV emparelhado com grandes nomes, como Walter White e Michael Scofield, cada um a sua medida.
Sofremos e lutamos com Carrie a cada nova investigação e crise psiquiátrica da mulher que não poupa esforços para obter as informações que busca, sendo aquele tipo de heroína que não usa capa, mas honra a cada movimento o juramento que fez pelo seu país. A garota de Stardust e a Julieta de Romeu saiu para deixar espaço a melhor investigadora que a CIA já viu.
Mandy Patinkin

Você provavelmente o conhece como Jason Gideon de Criminal Minds, mas Mandy deixou essa pomposa barba crescer para viver um dos melhores personagens de sua carreira: Saul Berenson. Nome forte na CIA e presente na carreira de Carrie no inicio ao fim, faz o papel de conselheiro, chefe e pai que Carrie não tem muito presente durante sua jornada. O cabeça de toda a história, é responsável por orquestrar as ações estratégicas da CIA, sendo capaz de parar uma guerra com uma simples ligação.
De origem israelense, Saul tem influência em todos os governos que possuem algum atrito com os EUA pelo mundo, e é peça fundamental quando as questões envolvendo diplomacia, movimento estratégico ou negociações em prol de informações ao redor do mundo. Assim como Carrie, passa por uma fase drástica em sua carreira que quase o levam ao pior, mas se ergue graças a parceria de sucesso com Mathison.
Homeland está disponível no serviço de streaming Globoplay, Fox Premium e a partir do mês de julho também na Amazon Prime. Se você já assistiu, conta pra gente nos comentários o que achou. Se pretende a assistir, corre atrás e depois volta aqui para dizer. Boas séries!