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Review | A Way Out

Quando a EA games anunciou A Way Out durante a sua conferência isolada da E3, tudo parecia bem promissor. Uma campanha aventura linear, que deve ser obrigatoriamente jogada em Co-op local ou online, e um toque independente no que parecia ser um jogo completamente diferente da mesma empresa que era tão criticada por preferir jogos online com micro transações e loot boxes, e ter uma postura que parecia não se importar com os jogadores. O game permite que você jogue com um amigo online, mesmo que um de vocês não tenha uma cópia.

Eu tive a oportunidade de jogar o game com o Felipe Gugelmin da Voxel/NZN (Abraço, Felipe!) nesse fim de semana e posso garantir, a história de A Way Out é sensacional, e cada momento do jogo serve pra construir uma ligação entre você e os personagens principais. O jogo foi produzido por Josef Fares, o mesmo criador de Brothers: A tale of two sons. Então já dá pra esperar uma excelente história.

O game conta a história a história de 2 caras que se juntam para fugir da prisão e descobrem que seus caminhos estão mais entrelaçados do que imaginavam. O interessante do jogo é que as narrativas dos personagens acontecem simultaneamente, então mesmo jogando online, você sempre estará com a tela dividida entre os personagens. Não só as habilidades individuais do jogador são postas em prática, como o trabalho em equipe é exigido diversas vezes, sendo essencial para sobreviverem e conseguirem avançar na história.

Se no aspecto gráfico o jogo deixa a desejar em alguns momentos, principalmente por parecer trabalhar com resolução dinâmica. Tem horas que os gráficos estão bonitos, e mesmo as texturas mais simplórias não incomodam por causa do aspecto artístico, em outras parece que o jogo tem os piores gráficos desde a geração passada. Em compensação, o áudio do jogo é muito bom, e principalmente as atuações são excelentes. Cada personagem é elevado ao seu máximo com as atuações de voz, desde os momentos cômicos, aos momentos mais dramáticos. Outro aspecto interessante, é a passagem e divisão de quadros durante algumas cutscenes, o jogo se comporta como um filme de ação dos anos 70, as vezes lembrando até histórias em quadrinhos.

Se na primeira metade do jogo nós temos mais história e cutscenes, e foco nos puzzles, a segunda metade tem momentos de pura adrenalina, com perseguições em veículos e momentos de puro shooter. E aí vem a parte que o jogo perde a mão e transforma toda a narrativa dramática e investigativa, em um tiroteio tirado dos filmes do Rambo e do Bradock, com toques de Scarface. Felizmente o fim do jogo é emocionante, e todo o laço que foi criado com os personagens durante o jogo vem a tona. É nesses momentos dramáticos e emocionantes que A Way Out brilha e transforma a jornada em satisfação por acompanhar a jornada daqueles caras.

A Way Out é um jogo diferente do que vemos atualmente, principalmente por sua narrativa linear, e a necessidade de jogar cooperativamente. Se você quer boas histórias, pode comprar sem medo. O jogo merece cada centavo pela coragem e pelo excelente enredo.

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