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Resenha | O Lado Negro da Praça

Buscando sempre acompanhar o trabalho dos artistas nacionais, e principalmente independentes, nós acabamos recebendo sugestões de quadrinhos para leitura e resenha. Um desses quadrinhos é O Lado Negro da Praça, obra do escritor Vinícius Lemes (Cautcheitcha), com artes estilo mangá, e uma história peculiar sobre um jovem, uma tragédia e uma fonte que é chamada por ele de o lado negro da praça.

Os Personagens:

Yan, um jovem adulto, com aparência desleixada, vive vagando pela praça da cidade, falando sozinho e gritando em direção a uma fonte. Durante a leitura somos introduzidos a outros personagens como, Domi, seu melhor amigo que sofreu um acidente de moto no passado e perdeu a perna direita. Banha, dono de um boteco e uma espécie de pai adotivo do nosso protagonista. Os gêmeos, que vivem de drogas e outras coisas ilícitas, e um deles sonha em ser rapper. Bia, uma amiga de longa data do protagonista que estava com ele no dia que sua mãe saiu e nunca mais voltou. E Riaj, recém saído da prisão após cometer um homicídio no passado, tio de Domi.

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A história:

Nosso protagonista e seus irmãos brincavam na praça quando de repente um ser estranho emergiu de dentro da fonte e levou seus irmãos mais novos para dentro da fonte, sem nenhum rastro. Yan precisa viver com esse trauma na cabeça, e vai diariamente para a praça olhar para a fonte enquanto seus demônios interiores geram um grande conflito na sua cabeça. Devido a sua aparência nada amigável, ele sofre diversos tipos de discriminação, desde os moradores e vistantes a praça, até dos policiais, que o tratam como um morador de rua. Um dos policiais, o guarda Neutzling cria uma implicância pessoal com Yan, coisa que dura até a penúltima página do mangá.

A Arte:

A arte do quadrinho é bem interessante, mistura o traço do mangá com coisas ocidentais. Algumas páginas chegaram a me lembrar algumas coisas de Afro Samurai, talvez seja parte da influência do artista. Alguns efeitos de sombreamento e preenchimento destoam um pouco do contexto geral, mas o trabalho artístico é bem positivo.

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O Lado Negro da Praça é um quadrinho interessante para passar o tempo, uma história para se ler no ônibus, ou no metrô, enquanto volta pra casa. A ideia de se passar em Pelotas é boa, mas a execução é falha porquê os clichês apresentados são encontrados qualquer subúrbio moderno. Os personagens são legais, mas entramos nos velhos clichês da população negra ou carente, até o nome do guarda é meio alemão para poder enfatizar algo desnecessariamente ao leitor. Cada um deles tem um bom Background estabelecido, e se fosse uma história a longo prazo, poderíamos ver um bom desenvolvimento. Tomara que o Cautcheitcha faça uma segunda edição com o desenrolar da trama, porquê o final(?) acabou frustrando mais do que deixando uma empolgação.

Esta HQ foi lida utilizando o aplicativo Social Comics, mas você pode garantir sua cópia do álbum fazendo uma contribuição no Catarse, clique aqui.

2 Comments on “Resenha | O Lado Negro da Praça

  1. Dinastia Geek <3 Estamos emocionados em ler nossa primeira resenha em um site Geek. Ainda mais por ser uma resenha justa e satisfatória de ler! Apenas queremos esclarecer o sobrenome do guarda, o sobrenome é uma homenagem ao sobrenome de um dos amigos pessoais do escritor da obra, assim como outros personagens são baseados em pessoas e momentos pessoais da vida de Vinicius Lemes – vulgo Cautcheitcha. Sucesso sempre para Dinastia!!

    1. Opa, interessante essa informação do guarda! Fico feliz que gostaram da resenha, e podem ter certeza que ficarei atento aos próximos trabalhos de vocês.

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