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Ser Potterhead é a melhor herança!

Harry Potter não foi o primeiro livro que li na vida, nem o centésimo! Já saía da adolescência quando peguei emprestado uma cópia que o meu irmão caçula tanto gostava. E, de repente, como quem não quer nada, aquele menino que sobreviveu me conquistou como nenhum outro tinha antes!

Não se enganem, amo Tolkien de paixão e aprendi a ler com Monteiro Lobato, mas alguma coisa na história daquele bruxinho falava diretamente comigo. Ao me mostrar o que é amizade, lealdade e bravura. Ao apresentar-me um mundo incrível, mágico… Não queria mais ser trouxa! Esperava ansiosamente minha carta de Hogwarts. Queria comprar meu material no Beco Diagonal, torcendo para que a minha varinha do Olivaras fosse de cedro com pelo de unicórnio. Queria entrar pela plataforma 9 ¾ e pegar meu trem até a escola que me tornaria bruxa! E no salão comunal o chapéu seletor gritaria “Corvinal” porque sou do tipo estudiosa, sabe? Repentinamente tudo se tornou mágico! Uma porta se abriu com a Hermione gritando “Alohomora” na minha vida…

Amar Harry Potter foi fácil demais. E falar desse amor me leva às lágrimas, mas acho que todos vocês (ou a maioria) me entendem. E não é sobre isso que é esse texto. Isso aconteceu há 20 anos atrás. Quero falar de hoje! Da herança que o bruxinho deixou e o presente que J.K. Rowling me deu.

Os anos se passaram, emprestei (e fiquei sem) alguns dos livros. Comprei de novo a coleção completa e deixei na minha estante (estante é uma pilha de livros que fica em cada canto da minha casa porque o vício não compreende a noção de espaço). E ficou lá esperando não sabia o quê… Então, 9 anos atrás chegou a herdeira dos livros: a “Pirulita”.

Aqui em casa a gente sempre estimulou a leitura. Primeiro porque venho de uma família que ama ler e de escritores (profissionais e amadores). Segundo, porque a gente sabe o bem que isso nos traz no futuro, desde que nasceu minha filha ganha livros e tem uma rotina prazerosa de leitura, e guardei o livro que está completando 20 anos para quando ela aprendesse a ler. Foi aí que a magia se deu novamente…

Juro que não influenciei minha filha em nada. Nem disse o tanto que amava a coleção! Apenas contei do que se tratava e abri “Harry Potter e a Pedra Filosofal” para ler junto com ela. Ver os olhos dela brilhando, conforme a história se desenrolava, me levou às lágrimas algumas vezes. Demoramos um pouco mais de uma semana para ler (Não queria cansar a baixinha) e no fim dela, todos os lápis se transformaram em varinhas! Feijões eram colocados em potes para fingir serem de “todos os sabores”. Ela queria ser Grifinória (e morria de medo de ser Sonserina). Chegou na escola pedindo para todos os amigos brincarem de Harry Potter com ela. E as vassouras??? Qualquer coisa parecida aqui em casa virava uma Nimbus 2000!

Alguns poucos anos se passaram. Ela já assistiu todos os filmes. Não leu ainda todos os livros, pois quero que ela tenha a experiência que tivemos, de receber um livro por ano, e crescer junto com Harry, Hermione e Rony. Hoje, ela já fez os testes do Pottermore. É lufana com orgulho e sabe que seu patrono é um bloodhound (Ou Cão de Santo Humberto, segundo o Google)… Sua varinha é de madeira de Acácia, semiflexível com pelo de unicórnio. Assistiu na estréia “Animais Fantásticos” com a mesma empolgação que esperamos por cada filme, anos atrás. Em sua primeira CCXP, no ano passado, quis fazer cosplay de Hermione e ficou chocada porque uma aluna da Sonserina pediu para tirar uma foto com ela. Ainda não sabe que tem muita gente incrível na Sonserina. Mas vai…

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