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Crítica | Viva: A Vida é uma festa!

Não posso ver um filme sobre Dia de Los Muertos que já ficou doida pra assistir e com Viva (Coco) não foi diferente.

A animação conta a história da família Rivera. Mama Amelia e sua filha Inês, carinhosamente chamada de Coco, foram abandonadas por seu marido e pai, um músico que saiu em busca de sucesso. Diante da nova realidade Mama Amelia, uma mulher de fibra, logo monta seu próprio negócio: uma sapataria.

Os Rivera ficam famosos na cidade pelas produções de sapatos e esta logo se torna uma tradição familiar, todos são sapateiros. Todos menos Miguel, ele deseja ser músico como seu esquecido tataravô. E estaria tudo bem, se música não fosse completamente proibida na família Rivera.

Miguel é obcecado por Ernesto de la Cruz, um famoso cantor mexicano falecido em um acidente com um sino gigante, mas até hoje muito apreciado (em ambos os mundos). No dia de Los Muertos, Miguel descobre, por meio de uma fotografia, que De la Cruz é seu tataravô e pra tocar em uma apresentação local, resolve pegar emprestado o violão que fica dentro da tumba de seu ancestral. E é aí que toda a mágica começa.

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Quando toca os primeiros acordes Miguel é transportado para o mundo dos mortos e para conseguir voltar ao seu mundo precisa de benção de sua família. Fácil não é? Não. Vocês ainda se lembrar da proibição da música, certo? Para enviá-lo de volta Mama Imelda o proíbe de tocar novamente.

Miguel não acha isso justo e foge em busca da benção de seu tataravô. No caminho ele esbarra em Héctor, um charmoso malandro que foi completamente esquecido por sua família e por isso não pode fazer a travessia para o mundo dos vivos, e se ninguém lembrar-se dele até o final da celebração desaparecerá por completo. Héctor promete ajudar Miguel se ele prometer colocar sua foto no altar de sua família em cada Dia de Los Muertos.

Miguel e Héctor partem em busca de Ernesto de la Cruz, e ainda fogem da família Rivera, e para encontrá-lo participam, como penetras, de um concurso de música. Daqui pra frente seria tudo spoiler, então apenas assistam.

O filme é visualmente lindo, o Mundo dos Mortos é criado com muitas cores, luzes e texturas, tal como a celebração mexicana. Dirigido por Lee Unkrich (Toy Story 3), ele contou com ajuda de Adrian Molina, roteirista e co-diretor, que é filho de mexicanos e conseguiu transmitir cada detalhe da colorida e festiva cultura mexicana a animação. É divertido perceber pequenos detalhes como câmeras de TV dos anos 1950, já que o filme também é uma homenagem aos antigos musicais.

A Trilha sonora é um show a parte, composta por Michael Giacchino, que já venceu o Oscar por UP, as músicas foram inspiradas no musical Mariachi, ritmo bastante popular em todo o México. A música Remember me (minha favorita) foi premiada como Melhor Canção Original no Oscar de 2018 e com certeza vai se tornar a música de ninar para as próximas gerações.

Um trabalho feito com tanto amor e carinho, alinhada uma técnica perfeita, não poderia deixar de ser recompensado. Viva recebeu o Oscar de Melhor Longa Metragem de Animação no Oscar de 2018, além de diversos prêmios ao redor do mundo.

A animação aborda um tema tão complexo e difícil como a morte, de forma leve e transita muito bem entre o humor e a melancolia. Com um final surpreendente, este é possivelmente um dos filmes mais emocionantes da Pixar, chorei o final inteiro. É lindo. Uma lição sobre família, amor e esperança. Uma mensagem importante sobre apoiarem uns aos outros.

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