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Carolina Munhóz e Raphael Draccon | Dinastia Entrevista

Após o grande sucesso de O Escolhido e o anúncio de novos projetos que estão por vir, tivemos a grandiosa oportunidade de entrevistar Carolina Munhóz, autora do selo Fantástica Rocco, e Raphael Draccon, autor da saga Dragões de Éter, além de produtores da série da Netflix.

Confira a entrevista na íntegra:

1 – O Escolhido é a primeira obra que vocês adaptaram para a TV/streaming? Quais foram os desafios que vocês enfrentaram para chegar até o maior serviço de streaming da atualidade? Foram necessárias mudanças na forma de trabalho para levar esse trabalho a frente?

Antes de “O Escolhido”, nós já tínhamos trabalhado com a Rede Globo e também como script doctors para a Globo Filmes. Nosso primeiro contato com a Netflix foi na verdade com “Cidade Invisível“, uma série que está para sair esse ano, mas ”O Escolhido” é a primeira obra lançada em que assinamos juntos. 

O contato com a Netflix aconteceu através de pessoas que já conheciam nosso trabalho, principalmente através das nossas carreiras literárias. Hoje em dia nós moramos a dez minutos do escritório em Los Angeles e a mudança de livros para roteiros foi bem orgânica, pois o Draccon já tinha feito faculdade de cinema e, apesar de vir do jornalismo, eu já era apaixonada pela escrita de roteiros.

2 – O Escolhido foi uma obra original criada diretamente para a Netflix. Como foi o processo de inspiração para criação desta história? Houve imersão na região pantaneira ou algum estudo por trás de lendas da região, tendo em vista a mística criada na série?

Na verdade foi uma adaptação de um material mexicano que a Netflix havia adquirido e buscava roteiristas para adaptar para o mercado brasileiro. Nós estudamos o material e começamos a moldá-lo da nossa forma, trazendo mais para o lado fantástico/místico e adentrando na nossa cultura. Para isso estudamos a região, as lendas e as pessoas, além de curandeiros famosos no Brasil em diferentes religiões.

3 – É nítida a maturidade no roteiro de O Escolhido da primeira para a segunda temporada. Há uma expectativa para uma terceira temporada? A história de Aguazul já tem um final traçado na mente de vocês?

Como seguimos uma história pré-estabelecida, já existia uma linha em relação à história original. Na primeira temporada apresentamos o universo, os personagens e os mistérios. Na segunda, com tudo estabelecido, conseguimos a liberdade de focar no desenvolvimento desses mistérios, nas modificações da versão brasileira e nas novas pistas.

Durante a construção da bíblia da série, antes da primeira temporada, já tínhamos definido quais eram os grandes segredos e como iríamos desvendá-los em cada temporada. Agora está nas mãos do público e da Netflix.

4 – A Netflix está passando por um processo cada vez maior de imersão em conteúdo nacional, principalmente nas séries. Como vocês veem esse movimento para o entretenimento brasileiro?

Importantíssimo! Séries como ”O Escolhido” eram quase impossíveis de se achar no mercado brasileiro. O mesmo será com “Cidade Invisível” e tantas outras que virão. São portas extremamente importantes para serem abertas tanto no gênero fantástico como no audiovisual como um todo. Para nós é uma honra fazer parte dessa história.

5 – Através das redes sociais vimos que vocês têm um novo trabalho por vir. Podem comentar um pouco sobre o desenvolvimento desse projeto, e quais as expectativas até o lançamento?

Por enquanto não podemos falar ainda nada além do que já foi divulgado. O que podemos confirmar é que se trata de uma série de fantasia envolvendo o nosso folclore em um cenário de fantasia urbana, onde desenvolvemos o material inicial em que a série foi baseada e também assinamos como produtores consultores. Animados demais para assistir com vocês!

6 – Como é para vocês esse trabalho conjunto tanto nos trabalhos para a TV como nos livros? Há algum novo projeto encaminhado além do streaming?

Tem sido incrível e interessante, pois tínhamos carreiras literárias individuais e agora uma carreira televisiva e cinematográfica em conjunto. A parceria tem dado super certo. Já nos sentíamos parte da carreira um do outro e agora está conexão está mais do que solidificada. No momento focamos na nossa carreira internacional. Estamos em um projeto de animação com dois grandes diretores do mercado americano, que não vemos a hora de compartilhar!

7 – Para Carol, como é o processo de desenvolvimento de histórias com outros autores? Há alguma dificuldade maior, ou tudo flui naturalmente?

Pra mim é muito natural. No caso dos livros, a parceria com Sophia foi fácil porque o texto final era escrito por mim após debatermos as ideias, então era uma forma única de escrita. Mas escrever roteiros em conjunto é ainda mais fluido, pois, ao encontrarmos a voz dos personagens, fica orgânico dividir o trabalho, e o Rapha e eu temos os mesmo gostos, então existe pouco conflito entre a gente.

8- Para o Rapha, quais são as expectativas para o lançamento do quarto livro de Dragões de Éter? Podemos já esperar uma data?

O que eu posso lhes dizer exclusivamente é que estou respondendo a essa pergunta apenas alguns dias depois de finalizar “Dragões de Éter – Estandartes de Névoa”. Os direitos da série voltaram para mim atualmente, e vou conversar com as editoras o mais breve e ver a melhor forma de lançar o livro ainda esse ano. A parte mais difícil, porém, está concluída. Nova Ether está viva.

Agradecemos imensamente a oportunidade de conversar com esses dois grandes nomes da literatura e entretenimento nacional, responsáveis por grande parte da expansão do conteúdo brasileiro no mercado internacional.

Acompanhe através de nossas redes sobre as novidades que surgirem acerca dos projetos em andamento da Carol e do Raphael. Até a próxima!

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