Literatura

A Caçadora de Dragões – Iskari Vol. 1 | Resenha

Bom, pelo nome já da para saber que se trata de uma aventura né…
A Caçadora de Dragões é o primeiro livro da trilogia Iskari escrita pela canadense Kristen Ciccarelli.

Em Firgaard é proibido contar histórias, elas são amaldiçoadas e quem as conta se corrompe e acaba morrendo contaminado pelas palavras antigas. Alem disso, contar histórias atrai dragões e quando um dragão escuta uma história seu poder aumenta, eles começam até a soltar fogo.

A personagem principal do livro é a Asha, filha mais nova do Rei, ela ganhou o titulo de Iskari quando ainda era criança. O titulo veio como punição, quando Asha era criança ela fugia do castelo durante a noite e ia para a fenda dos dragões para contar-lhes as histórias antigas. Um dia o Dragão Negro, o Primeiro Dragão, decidiu que ficaria com aquela criança para sempre, para que ela passasse a eternidade lhe contando histórias e aumentando seu poder. Quando Asha se recusou, Kosu cuspiu seu fogo e queimou a garotinha, deixando-a com cicatrizes horríveis. Logo depois o Primeiro Dragão voou pela cidade deixando tudo em chamas.

Por ter infringido a lei e condenado a cidade as ruínas, Asha se tornou a Iskari, a que traz destruição e morte. Para tentar se redimir de seus pecados, Asha se torna caçadora de dragões e sua missão é destruir todos os dragões, inclusive Kosu. Ela também foi prometida em casamento a Jarek, o jovem que a socorreu quando Kosu a queimou na fenda.

No pais onde a história se passa existem três grupos de pessoas:

  • Draksors, que conquistaram as terras e governam Firgaard desde então. São a maioria da população.
  • Skrals, que são um povo que tentou invadir Firgaard e acabaram derrotado, como punição todos foram escravizados e a gerações servem os Draksors. Eles não podem olhar seus mestres nos olhos, não podem toca-los e usam correntes de ferro no pescoço para marca-los como escravos.
  • Nativos de Firgaard, eles vivem afastados do reino, depois da savana e não reconhecem o Rei-Dragão como seu governante. Os nativos matem as histórias do Antigo vivas, eles acreditam que devem ser preservadas, contadas e não temidas como fazem os Draksors.

Quando a história começa Asha está desesperada procurando meios de se livrar se seu casamento arranjado que acontecerá em poucos dias, ela não suporta seu noivo Jarek, ele é um homem mau, dominador e sem escrúpulos.

Asha tem ao seu lado sua prima Safire, que é filha de um príncipe com uma Skral, ou seja, apesar do elo sanguíneo e afetivo entre ambas, elas não podem demonstrar em público a irmandade na qual sua relação é baseada. Asha também tem um irmão mais velho, Dax, o herdeiro do trono que não é levado a sério por ninguém e por quem o Rei tem um grande desapreço.

A história conta ainda com Torwin, um escravo Skral que deseja mais que tudo ser livre e poder ficar com a deusa que visita seus sonhos desde que ele consegue se lembrar. E Roa, uma nativa feroz da Casa da Música que deseja ver seu povo livre.

A história toda é contada por um narrador onisciente e a cada tantos capítulos uma das histórias antigas é contada para o leitor, elas explicam muito sobre a origem das histórias e o poder que vem com elas.

Logo no inicio da leitura desenvolvi uma certa antipatia com a personagem principal e essa má impressão perdurou por quase toda a história, felizmente no fim passei a vê-la com outros olhos e me vi ansiosa pela leitura da continuação.

Obviamente um reino dividido está sempre em guerra e esse é um dos pontos principais da trama, a imposição de superioridade dos draksors sob as outras raças chega a ser enervante em certos momentos (tudo bem, é só um livro, mas as comparações com a realidade vem fácil).

A todo momento é possível acompanhar a evolução de todos os personagens, no começo de A Caçadora de Dragões parece que estão todos meio perdidos e ao longo da história cada um encontra seu verdadeiro proposito, sendo ele bom ou mau. O que não falta na história são surpresas e revelações.

Durante a leitura notei que o enredo poderia ter sido desenvolvido de forma mais detalhada, em alguns momentos a historia fica com lapsos subentendidos do que aconteceu, esses trechos poderiam ter sido melhor explanados para envolver ainda mais o leitor.

Por se tratar de uma trilogia, achei que o fim do livro deixaria varias partes em aberto, mas fui surpreendida. Tudo o que teve inicio no começo do livro foi concluído, assim fica a duvida do que acontecerá nos próximos livros.

Uma história com dragões sempre desperta a curiosidade dos fãs de fantasia, mas A Caçadora de Dragões tem muito mais a dar ao leitor, batalhas, traições, honra e claro que também rola um romance proibido (dois por falta de um – risos).

Eu li a edição publicada em 2018 pela Editora Seguinte, o livro tem 384 páginas impressas em papel Pólen Soft (aquele meio amarelado que é macio ao toque). A edição conta com abas (marca páginas recortável na contra capa), páginas com diagramação especial nos capitulos onde são contadas as histórias antigas e no começo de cada capítulo tem o desenho de um símbolo (brasão, flor, chama, etc.) que já indica qual será foco daquela parte.

Os dois primeiro livros da série já foram publicados aqui no Brasil pela Editora Seguinte, o terceiro livro ainda não tem data para ser publicado por aqui, na gringa ainda está em pré venda com data de lançamento prevista para novembro.

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